O caso yanomami e o holocausto indígena na ditadura, na visão de Marcelo Zelic

Em artigo, pesquisador afirma que tragédia em território yanomami precisa ser investigada e relacionada com crimes de ditaduras passadas

Acervo MPF

A tragédia humanitária cometida no Território Indígena Yanomami exige a abertura de uma Comissão Nacional Indígena da Verdade para esclarecer os crimes cometidos pelo Estado brasileiro entre os anos de 2019 e 2022, na visão do pesquisador Marcelo Zelic.

Em artigo intitulado “Justiça de Transição: remodelando práticas do Estado para o Bem Viver”, Zelic faz uma análise sobre o que pode ser feito tanto para interromper as invasões ao território indígena como para acabar com a “dinâmica genocida de expansão do desenvolvimento e exploração das riquezas” territoriais.

“Em memória dos indígenas, indigenistas e defensores de direitos humanos assassinados no Brasil entre 2019-2022, conclamamos, sem anistia! O Estado brasileiro tem o dever de reparar. Tem o dever de realizar a desintrusão em terras homologadas e cessar, sem demora, essa afronta constitucional ao usufruto indígena de suas terras. Demarcar é reparar”.

Confira abaixo a íntegra do artigo de Zelic sobre o tema.

* Marcelo Zelic é membro da Comissão Justiça e Paz de São Paulo e coordenador do Armazém Memória.Foi um dos responsáveis pela inclusão do estudo de graves violações de direitos humanos contra os povos indígenas na Comissão Nacional da Verdade.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador