MST denuncia terceiro atentado contra comuna em Mossoró, no Rio Grande do Norte

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
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Foto: Saiba Mais
 
Do MST
 
O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) vem comunicar a toda a sociedade e, especialmente, às autoridades públicas, que, nesta madrugada do dia 03 de maio, foi praticado o terceiro atentado contra a Comuna Urbana organizada pelo movimento, situada na BR 304, em Mossoró-RN. Os dois ataques anteriores aconteceram nos dias 25 de abril e 01 de maio, todos pela madrugada, com tiros que deixaram as famílias em pânico e feriram alguns ocupantes. 
 
Desta vez, um grupo desconhecido novamente entrou na ocupação e destruiu barracas e pertences. Em razão do agravamento da insegurança nos últimos dias, as famílias tinham sido orientadas a dormirem fora da Comuna e, por essa razão, não houve feridos.

Este triste episódio só demonstra que a violência contra os movimentos sociais populares está cada vez mais intensa e a necessidade de uma atuação urgente dos entes estatais sobre a situação, antes que ocorra alguma tragédia. É preciso que as autoridades investiguem com rapidez a origem dos atentados, garanta a segurança das 220 famílias acampadas e iniciem o diálogo para atendimento das reivindicações apresentadas.
 
Enfatizamos, mais uma vez, que a área ocupada pertence ao Estado do Rio Grande do Norte e não cumpre sua função social. A Comuna é um ato político que denuncia esse descaso e exige que a função social daquela terra seja cumprida atendendo ao direito à moradia de famílias que não têm casa.
 
A especulação imobiliária em Mossoró resiste a essas reivindicações e procura incorporar terras públicas ao patrimônio privado, mesmo que por meio da violência. No entanto, resistimos defendendo que os bens públicos devem se voltar ao benefício do povo e que a moradia é um direito fundamental de todos e todas.
 
Mossoró, 03 de maio de 2018.
 
Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra
Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

1 Comentário

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  1. Sugestão ao Nassif

    A gente necessita dispor aqui no GGN de informações suscintas e atualizadas referentes a assassinatos, atentados e prisões de líderes de movimentos sociais que estão acontecendo no Brasil após o golpe de 2016. Entendo que este é um marco temporal de significado evidente para a compreensão dos fatos que estão a suceder com grande intensidade e certamente não por acaso. 

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