Racismo leva mais de 22 mil ações à Justiça do Trabalho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Levantamento mostra crescimento anual no volume de processos trabalhistas que citam termos como injúria racial ou discriminação racial

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Casos de racismo enfrentados no ambiente de trabalho levaram mais de 22 mil processos à Justiça do Trabalho desde 2014, entre processos encerrados e em andamento.

Os dados são da empresa de jurimetria Datalaywer, onde é possível verificar um avanço anual no volume de processos cujas petições iniciais citam termos como racismo, injúria racial ou preconceito racial.

O pedido por quem foi alvo de racismo é a indenização por danos morais. Ao todo, os processos já movimentaram R$ 4,34 bilhões – o valor pode incluir mais pedidos, como pagamento de horas ou reconhecimento do vínculo trabalhista.

São Paulo é o estado com mais casos ativos até o momento: os dois tribunais que atendem empregados na região contabilizam 3.754 ações que citam racismo, preconceito racial, injúria racial ou discriminação racional. Em seguida, o Rio Grande do Sul registra 1.238 ações.

O estado de São Paulo é, segundo a análise da Datalawyer, aquele com o maior número de casos ativos atualmente. São 3.754 ações ainda em andamento nos dois tribunais que atendem empregados da região.

As informações são do jornal Folha de São Paulo

Leia Também

‘Medida Provisória’: racismo como guerra cultural com as digitais do padrão Globo Filmes, por Wilson Ferreira

As velhas vozes do racismo, por Urariano Mota

Pele negra em jalecos brancos: experiência e relatos sobre racismo na medicina

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. Já fiz algumas ações judiciais pleiteando indenização por causa de agressões racistas. As pessoas que são vítimas desse tipo de tratamento geralmente ficam muito fragilizadas e abaladas. O sucesso na Justiça tem dois efeitos importantes: o econômico e o psicológico. Algumas vezes o efeito psicológico é mais valioso para o ofendido do que o dinheiro que ele recebe.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador