Mauro Cid frustra bolsonaristas e fica em silêncio durante depoimento à PF

Ana Gabriela Sales
Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.
[email protected]

Cid foi interrogado no inquérito que apura a inserção de dados falsos em cartões de vacina contra a Covid-19

Mauro Cid no período em que era ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro. | Foto: Divulgação/PR

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), ficou em silêncio durante depoimento na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, nesta quinta-feira (18). 

Cid foi interrogado no inquérito que apura a inserção de dados falsos em cartões de vacina contra a Covid-19 do ex-presidente e familiares. O ex-ajudante de ordens, está preso desde o dia 3 de maio no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília, após operação da PF que também fez buscas na residência de Bolsonaro.

O silêncio frente aos questionamentos sobre fraudes nos cartões de vacina e outros temas – como a arquitetura de golpe por Bolsonaro – vai na contramão do que os próprios aliados esperavam. Segundo o G1, a esperança dos bolsonaristas era de que Cid deveria ter dito que atuou sem o conhecimento de Bolsonaro.

Recentemente, Cid resolveu trocar os integrantes da sua defesa e agora conta com um advogado especialista em delação, o que demonstrou disposição do tenente-coronel em não ser o único responsabilizado por eventuais crimes cometidos na gestão federal passada.

No entanto, o pai de Cid, o coronel da reserva Mauro Cid, teria pedido aos advogados que não adiantar a estratégia de defesa durante o interrogatório, informou o jornalista César Tralli.

“Democracia é coisa frágil. Defendê-la requer um jornalismo corajoso e contundente. Junte-se a nós: www.catarse.me/jornalggn”      

A suposta fraude

Segundo investigação da PF, no final de dezembro, foi inserido no sistema do Ministério da Saúde a informação falsa de que Bolsonaro e sua filha Laura, além de Cid e familiares haviam tomado doses de vacina contra a Covid. 

Os comprovantes de vacinação falsos foram baixados a partir do aplicativo ConecteSus, do Ministério. Em seguida, o registro das vacinas foi apagado da plataforma. 

A PF acredita que a fraude tenha ocorrido para facilitar a entrada do ex-presidente e pessoas próximas nos Estados Unidos.

Na última terça (16), Bolsonaro prestou esclarecimentos à PF sobre o caso. Na ocasião, ele negou qualquer envolvimento no esquema. 

Bolsonaro ainda afirmou não ter conhecimento de qualquer participação de Cid nas fraudes, mas atribuiu a gestão de sua conta do aplicativo ConecteSUS ao ex-ajudante.

Ana Gabriela Sales

Repórter do GGN há 8 anos. Graduada em Jornalismo pela Universidade de Santo Amaro. Especializada em produção de conteúdo para as redes sociais.

3 Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

  1. O $ujeito não aceitou ser boi de piranha e se sacrificar a fim de que o restante da manada atravesse o rio em $egurança. O problema não é na hora da pilhagem, é na hora de dividir o butim

  2. Não era exigido do Bolsonaro, enquanto prizidanta, cartão de vacinação contra a COVID. Ele viajou um dia antes de findar seu mandato presidencial e seu cartão de vacinação passaria a ser exigido. Ou seja, ela sabia que ia precisar do cartão de vacinação após entrar nos EUA. Mas ele não sabe de nada. Não sabe de jóias, não sabe de minuta golpista, não sabe de adulteração de seus dados, não sabe que banca o cartão de saúde da família da sua esposa, etc.

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador