Merkel não afasta novo corte à dívida da Grécia

Do Sol.pt

Merkel não afasta outro corte à dívida grega no futuro

A chanceler alemã não afasta totalmente outro corte da dívida grega no futuro, apesar de as recentes medidas aprovadas pelos Estados membros possibilitarem ao Governo helénico o alargamento do prazo para alcançar os objectivos até 2016.

“O actual programa de ajuda à Grécia prolonga-se até 2014 e foram dados mais dois anos, até 2016, para que a Grécia cumpra determinados objectivos orçamentais”, assinala Angela Merkel, numa entrevista hoje divulgada pelo semanário “Bild am Sonntag”.

Angela Merkel responde assim à pergunta colocada pelo semanário sobre a veracidade das acusações da oposição social-democrata, que acusa a chanceler de não ter dito a verdade sobre uma eventual nova ajuda financeira à Grécia. A chanceler foi ainda questionada sobre se pretende adiar a decisão sobre a redução da dívida grega para depois das eleições gerais, previstas para Setembro de 2013.

“Se a Grécia demonstrar vontade de avançar com os seus compromissos sem ter de se endividar mais, aí analisaremos e avaliaremos novamente a situação. Mas isto não vai ocorrer antes de 2014 ou de 2015, se tudo correr de acordo com o previsto”, afirmou.

Na mesma entrevista, Merkel defende o novo pacote de ajuda financeiro à Grécia e manifesta a sua “compreensão” pelo eurocepticismo que esta decisão possa despertar, uma vez que o anterior processo de Atenas “decepcionou” os seus parceiros.

O terceiro pacote de ajuda, aprovado esta semana com ampla maioria pelo Parlamento alemão (Bundestag), é “necessário”, segundo a chanceler, que adverte, no entanto, que este deve ter “um peso adicional mínimo” sobre os contribuintes.

Na passada sexta-feira o Parlamento alemão aprovou o terceiro pacote de ajuda ao Governo helénico com os votos favoráveis da maioria dos deputados da coligação, bem como da maioria dos deputados social-democratas e verdes.

Apesar deste apoio, o líder do grupo social-democrata, Frank-Walter Steinmeier, acusou o Executivo alemão de não dizer toda a verdade e de adiar, para depois das eleições gerais de 2013, uma redução da dívida grega, que considera inevitável.

Lusa/SOL

Luis Nassif

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