Para CNI, Brasil deveria fechar acordos comerciais com outros países

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O Brasil deveria fechar acordos comerciais para evitar dupla tributação com países como os Estados Unidos, a Colômbia, Austrália, Alemanha e o Reino Unido, a fim de estimular investimentos de empresas no exterior. A afirmação consta de relatório sobre investimentos brasileiros efetuados no exterior em 2013 elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Também consta no documento a recomendação de que seja eliminada a insegurança jurídica existente no modelo brasileiro de tributação dos lucros obtidos no exterior e a negociação de acordos de proteção aos investimentos para reduzir riscos políticos com países como a Argentina, China, o México, Moçambique e Angola. 

Outro ponto que a CNI considera importante em ser revisto é o aumento do suporte da diplomacia brasileira às companhias no exterior. Para a entidade, seria importante criar uma agência do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) e que a atuação da Camex (Câmara do Comércio Exterior) seja ampliada, para a coordenação de políticas que facilitem a realização de investimentos fora do país. 

De acordo com a confederação, a participação do Brasil nos estoques de investimentos no mundo está se reduzindo ao longo dos anos. Essa participação caiu de 1,96%, em 1990, para 0,99%, em 2012, ano em que os investimentos do país no exterior ficaram em US$ 266,2 bilhões. Por outro lado, outros países ampliaram seus estoques de investimentos no mesmo período: a China, por exemplo, aumentou de 0,21%, em 1990, para 2,16%, em 2012. A Rússia saiu de zero para 1,75% e o Chile, de 0,1% para 0,41%. A participação de todos os países em desenvolvimento no estoque global subiu de 6,92% para 18,9%. 

Entre 2008 e 2012, o Brasil perdeu 159 posições no ranking dos principais investidores mundiais da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). Em apenas quatro anos, o Brasil caiu da 20ª posição para o 179º lugar na lista de 182 países. “A redução dos investimentos no exterior diminui a capacidade das empresas brasileiras de concorrerem em pé de igualdade com as estrangeiras, tanto no mercado interno como no externo”, explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

O estudo da CNI foi feito com base em pesquisa a 28 empresas transnacionais brasileiras, que representam cerca de um terço do total das exportações do país em 2012. A maioria (22 empresas) é do setor industrial.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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