Superávit primário cai para R$ 2,287 bilhões em julho

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – O superávit primário do setor público consolidado chegou a R$ 2,287 bilhões durante o mês de julho, menos da metade dos R$ 5,429 bilhões contabilizados em junho, e dos R$ 5,570 bilhões registrados em julho do ano passado. O resultado é o menor para o período dentro da série histórica desde 2010, segundo dados divulgados pelo Banco Central.
 
Ao longo do período, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou superávit de R$ 3,768 bilhões, ante R$ 1,424 bilhão em junho, enquanto os governos regionais e as empresas estatais apresentaram déficits de R$ 1,467 bilhão (revertendo o superávit de R$ 3,168 bilhões apurado no mês passado) e R$ 14 milhões (bem abaixo do superávit de R$ 836 milhões visto em junho), respectivamente.
 
O superávit primário acumulado no ano chega a R$ 54,445 bilhões, equivalente a 2,01% do PIB (Produto Interno Bruto). O total ficou abaixo do registrado nos primeiros sete meses do ano passado, quando a variação foi de R$ 71,229 bilhões, ou 2,85% do PIB. No acumulado em doze meses, o superavit alcançou R$ 88,167 bilhões, ou 1,91% do PIB, reduzindo-se 0,09 p.p. do PIB em relação ao acumulado no mês anterior, quando a variação foi de R$ 91,450 bilhões, ou 2% do PIB. 
 
Quando apropriados por competência, os juros nominais em julho ficaram em R$ 23,393 bilhões, ante R$ 17,627 bilhões registrados em junho. Segundo o BC, o maior número de dias úteis e o resultado nas operações de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro) no mês contribuíram para esse aumento. No ano, os juros nominais acumulam R$ 141,487 bilhões, comparativamente a R$ 128,462 bilhões no mesmo período de 2012. No acumulado em doze meses, os juros nominais alcançaram R$ 226,887 bilhões, total equivalente a 4,91% do PIB, um aumento de 0,09 ponto percentual do PIB em relação ao acumulado até junho, quando a variação foi de R$ 220,929 bilhões, ou 4,82% do PIB.
 
Já o resultado nominal, que inclui o superávit primário e os juros nominais apropriados, foi deficitário em R$ 21,107 bilhões em julho, acima dos R$ 12,198 bilhões registrados em junho. No ano, o deficit nominal alcançou R$ 87,042 bilhões, ou 3,21% do PIB, elevando-se R$ 29,8 bilhões em relação ao mesmo período de 2012, quando o montante ficou em R$ 57,234 bilhões, ou 2,29% do PIB. O déficit nominal em doze meses atingiu R$ 138,720 bilhões, equivalente a 3% do PIB, elevando-se 0,18 ponto percentual do PIB em relação ao observado em junho – na ocasião, o total ficou em R$ 129,479 bilhões, ou 2,83% do PIB.
 
O déficit nominal do mês foi financiado com expansões de R$ 20,1 bilhões na dívida mobiliária e de R$ 5,7 bilhões na dívida bancária líquida, parcialmente contrabalançadas pelas reduções de R$ 505 milhões no financiamento externo líquido e de R$ 4,1 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.
Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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