Tombini diz que inflação deve convergir para meta do governo

Jornal GGN – Em entrevista a um órgão de comunicação interna do Banco Central, o presidente da instituição, Alexandre Tombini, afirmou que a inflação deve convergir para a meta estabelecida pelo governo caso as condições monetárias forem mantidas. Além disso, a deflação nos índices gerais de preços tende a ser medida com mais intensidade – num claro sinal de que a taxa Selic não deve subir em breve.

Para ele, a inflação mensal ao consumidor é baixa e deve permanecer comportada nos próximos meses de 2014. Informação bem procedente com as atuais medições: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tem desacelerado nas leituras mensais, embora se mantenha próxima do teto da meta do governo em 12 meses. No entanto, o IPCA desacelerou para 0,46% e o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), assim como o IGP-10, tiveram deflação em junho de 0,74%.

Tombini reafirmou a necessidade de uma vigilância maior em relação à inflação acumulada, que ainda mostra alguma resistência. Contudo, reiterou que mantidas as condições monetárias, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta ao longo do horizonte relevante para a política monetária. Em suma, para ele, os efeitos do aperto monetário ainda estão por se materializar.
 
Na última reunião do Comitê de Política Monetária, o BC elevou a taxa básica de juros em 3,75 pontos percentuais, para 11% ao ano e a manteve nesse patamar.
 
Redação

2 Comentários

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  1. Por uma revisão da atual condução da política monetária

    Creio que o copom, assim como a maior parte do mercado, se precipitaram quando o FED iniciou o processo de redução sgradual das compras de títulos

    O copom utilizou uma resposta clássica,  o aumento dos juros da Selic, apesar do lento ritmo de crescimento do PIB no Brasil e dos alertas do FED, de que a redução das compras de títulos seria gradual e desde que houvesse continuidade da recuperação dos empregos nos EUA.

    Apesar do lucro do Bacen nas operações de swap cambial, o aumento dos juros da Selic aumentou consideravelmente os gastos com os juros da rolagem da dívida pública, já que boa parte dos títulos da dívida pública está atrelada a Selic, principalmente as operações compromissadas.

    Melhor teria sido, manter o juros da Selic ao redor dos 8% nominais, e vendido parte das Reservas cambias no mercado à vista, além do programa de venda swaps cambiais.

    Creio que precisamos reduzir os juros da Selic, e caso seja necessário controlar uma eventual volatilidade no mercado de câmbio, o Bacen deveria lançar um programa de venda de dólares no mercado à vista, além de prorrogar o atual programa de venda de swaps cambiais.

  2. O México e a Turquia

    O México e a Turquia reduziram suas respectivas taxas de juros recentemente. Por quê o Banco Central não reduz a nossa taxa selic para 8%a.a. na próxima reunião do Copom e deixa a economia crescer, destravando nosso fraco crescimento econômico? Diretores do Banco Central, vocês precisam parar de marcar gol contra o país!

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