Usiminas lucra R$ 47 milhões no trimestre

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Jornal GGN – A empresa de siderurgia Usiminas apresentou um lucro líquido de R$ 47 milhões durante o quarto trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 283 milhões contabilizado um ano antes, mas 59% abaixo do registrado no terceiro trimestre, quando o total foi de R$ 114,6 milhões.

Em 12 meses, a empresa atingiu um lucro de R$ 16,8 milhões, superior em R$ 615,1 milhões em seu resultado contra 2012, por conta do melhor desempenho de todas as unidades de negócio da companhia, mesmo com o efeito negativo da desvalorização do real frente ao dólar de 14,6% em 2013, impactando as despesas financeiras da Companhia.

Segundo os dados divulgados pela empresa, a receita líquida registrada nos últimos três meses do ano foi de R$ 3,2 bilhões, 0,4% abaixo do registrado no ano anterior. A receita registrada ao longo do ano passado foi de R$ 12,8 bilhões, com alta de 1%.

O custo dos produtos vendidos (CPV) ficou estável em R$ 2,8 bilhões no quarto trimestre em relação aos três meses imediatamente anteriores, e a margem bruta foi de 13,7%, também estável na comparação com o terceiro trimestre. No ano, o indicador chegou a R$11,4 bilhões, 7,2% menor quando comparado ao de 2012, devido, principalmente, ao menor volume de aço vendido, às iniciativas de redução de custos, tais como a adequação da mão de obra e redução nos serviços de terceiros, e ao aumento da produtividade. A margem bruta no ano de 2013 foi de 11,5%, 7,7 pontos percentuais acima de 2012.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 514,1 milhões no trimestre, 4,4% abaixo do visto no terceiro trimestre, com uma margem EBITDA de 16,1%. Segundo a companhia, os dados foram afetadosn “principalmente em função dos efeitos sazonais de mercado, que geraram diminuição nas vendas de aço para o mercado interno”. O lucro bruto diminuiu 4,1%.

No ano, o EBITDA ajustado totalizou R$1,8 bilhão, apresentando um crescimento de 159,3% quando comparado ao ano de 2012, que foi de R$696,6 milhões. Isso se deveu principalmente, ao aumento do lucro bruto em 206,7%, resultado do melhor desempenho em todas as unidades de negócios, destacando a unidade de Siderurgia.

A Usiminas registrou queda no volume de vendas em relação ao trimestre anterior (-5%), com destaque para o recuo de chapas grossas (-16%), laminados (-3%) e galvanizados por imersão a quente (-3%). No período, a companhia aumentou as vendas para o mercado externo, que totalizaram 193 mil toneladas (13% do total), 72% acima do volume vendido no trimestre anterior.

As despesas operacionais somaram R$ 269,2 milhões no trimestre, contra R$ 229,1 milhões no terceiro trimestre, enquanto o total acumulado no ano foi de R$ 956,1 milhões, estáveis quando comparado com o visto em 2012.

A dívida bruta consolidada foi de R$ 6,9 bilhões em 31/12/2013, contra R$ 7,5 bilhões em 30/09/2013, representando 7,9% de queda, apesar da desvalorização do Real frente ao Dólar de 5% no período. A dívida líquida apresentou redução de 2,1% na comparação entre os trimestres. Em 2013, a dívida bruta consolidada apresentou uma queda de 14,5% na comparação com o ano de 2012. A dívida líquida ficou estável na comparação de 2013 com 2012. 

Para o analista Lenon Borges, da Ativa Corretora, o resultado apresentado pela Usiminas foi neutro. “Embora tenha se visto relativa estabilidade em relação ao terceiro trimestre do ano, tanto o lucro líquido da empresa como o Ebitda vieram relativamente superiores em relação ao mesmo trimestre do ano passado, em grande parte devido a uma taxa de câmbio bem mais elevada, o que eleva os preços das importações de aço e, com isso, favoreceu a siderúrgica nacional que pode reajustar com mais ênfase os preços de seus produtos”.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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  1. Companhia Siderúrgica Suape – CSS

    CSS

    A CSS é uma Cia privada que construirá uma laminadora com capacidade para 1 mtpa no Complexo Industrial Portuário de Suape.

    A Indústria Laminadora (ILA) será construída em um terreno de 250 hectares, e iniciará suas operações em 2014.

    A CSS também possui ZPA – Zona de Processamento de Aço, uma área de 111 ha, onde Centros de Processamento de Aço podem se instalar, usufruindo dos benefícios fiscais e logísticos obtidos pela CSS, e garantindo a esta um mercado consumidor cativo para seus produtos.

    LOCALIZAÇÃO

    Companhia Siderúrgica Suape – CSS – é um projeto siderúrgico integrado de US$ 860 milhões de processamento de aço e uma laminadora de aços planos.

    O investimento será desenvolvido no Nordeste, uma das regiões que mais crescem no Brasil e em Pernambuco.

    A apenas 12km do Porto de Suape e a 35km de Recife, está localizada em um importante centro logístico.

    O Complexo Portuário, considerado uma das melhores e mais modernas instalações portuárias, com investimentos em uma petroquímica, refinaria, estaleiros, montadoras e pólo metal-mecânico.

    CAPACIDADE

    Laminadora:
    Projeto Completo: 1 milhão de toneladas anuais
    Projeto Inicial: 800 mil toneladas anuais

    Projeto Inicial: 125 mil toneladas anuais
    Projeto Completo: 250 mil toneladas anuais

    INSUMOS

    Placas de aço semi-acabadas

    PRINCIPAIS PRODUTOS

    Laminadora:
    Bobinas a quente, bobinas a frio e laminados revestidos para indústrias diversas com foco nos segmentos naval, automotivo, máquinas e equipamentos, linha branca (geladeiras, freezers e fogões), turbinas eólicas, indústria eletroeletrônica e construção civil;

    Materiais processados na fabricação e montagem de produtos de aplicação direta, tais como lâminas de hélices, chapas pré-cortadas e preparadas para utilização na indústria naval, assim como produtos para indústrias de óleo e gás, automotiva, geração de energia eólica, máquinas e equipamentos pesados, tais como: estruturas metálicas diversas, autopeças, peças estampadas, telhas, suportes tubulares, contêineres e equipamentos industriais

    PRODUTOS

    Produto

       Laminado a quente

    É a fase inicial do processo de laminação em que ocorre a transformação por meio de conformação mecânica em alta temperatura das placas de aço semi-acabadas em bobinas e chapas a quente. A CSS produzirá até um milhão de toneladas/ano de produtos.

    Produto

       Laminado a frio

    É a fase utilizada para reduzir a espessura das chapas laminadas a quente, conferindo-lhes melhor qualidade superficial e características mecânicas adequadas a usos de maiores exigências. A CSS produzirá até 600 mil toneladas/ano desse tipo de produto.

    Produto

       Aço galvanizado

    Revestimento de zinco sobre chapas de laminados a frio. A finalidade é conferir proteção ao aço contra corrosão. Está unidade vai produzir até 200 mil toneladas/ano de produtos.

    ZPA

     

    Produto

    A zona de processamento de aços será um pólo industrial composto por múltiplas unidades, tanto próprias da CSS como de terceiros, voltadas para o processamento de aço nas formas de perfis, barras, chapas e bobinas a quente e a frio, e galvanizados, a partir de matéria-prima fornecida pela siderúrgica pernambucana.

    Serão implantadas fábricas de tubos de vários diâmetros, de contêineres, de equipamentos de movimentação (pontes rolantes, estruturas metálicas), de telhas de cobertas. Em sua fase inicial, a ZPA vai produzir até 125 mil toneladas ano, atingindo um pico de 250 mil toneladas em sua fase de expansão, ocasião em que ampliará também sua base instalada de unidades processadoras, formando um pólo metal-mecânico.

    A ZPA suprirá as necessidades de materiais e equipamentos das indústrias navais, de óleo e gás, de geração de energia eólica, e de máquinas e equipamentos pesados. Zonas de processamento semelhantes ao que será implantado pela CSS em Pernambuco já estão em operação em vários países. Em Linz, na Áustria, encontra-se a Voest Alpine, usina de três milhões de toneladas/ano e que vende 90% de aços já processados em seus próprios centros de serviço. E na autoestrada A4, que liga Turin a Milão e Veneza, são 350 km formando um polo que produz cerca de 4 milhões de toneladas por ano.

    PÚBLICO ALVO

    Prioritariamente para as regiões Nordeste e Norte substituindo as atuais importações.

    http://www.cssuape.com.br/

    ***

    Diario de Pernambuco | 25/11/2013

    Companhia Siderúrgica Suape firma sociedade com a sul-coreana Posco E&C

    A Companhia Siderúrgica Suape (CSS) – que deve iniciar as obras no primeiro semestre de 2014 – tem uma nova sócia estratégica: a Posco E&C, subsidiária do grupo sul-coreano Posco. A assinatura da parceria aconteceu em Seul, no país asiático. A Posco E&C vai fornecer tecnologia e equipamentos e também contribuirá na operação e na construção da unidade de laminação em Pernambuco. O grupo Posco terá 10% do capital da CSS. 

    Orçada em cerca de R$ 1,9 bilhão, a siderúrgica pernambucana terá capacidade para produzir cerca de um milhão de toneladas por ano de aços planos laminados a quente, a frio e revestidos. Mais de três mil empregos devem ser gerados na fase de construção. Na operação serão 500 vagas de trabalho permanentes. Também serão criados 2,3 mil empregos indiretos. 

    Em nota, a CSS informou que as negociações com o grupo Posco, quarto maior grupo de siderurgia mundial, começaram no segundo semestre deste ano. “Depois que o projeto foi aprovado pelo conselho da Posco, na Coreia do Sul, iniciamos as reuniões técnicas para detalharmos o processo e a participação da empresa na CSS. Em outubro, tivemos as reuniões finais para fechar o orçamento”, explica Alberto Cunha, diretor de Operações da CSS.

    http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/economia/2013/11/25/internas_economia,475749/companhia-siderurgica-suape-firma-sociedade-com-a-sul-coreana-posco-e-c.shtml

     

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