As manifestações multitudinárias em defesa da universidade pública atingiram maiores proporções nesta terça-feira (23/04) – apenas em Buenos Aires, os protestos contra o desfinanciamento estatal das universidades nacionais reuniram entre 150 mil e 500 mil pessoas, de acordo com o jornal Clarín.
Em meio às marchas estudantis, o presidente Javier Milei declarou em seu Twitter que “em nenhum momento o governo nacional insinuou a intenção de fechar as universidades nacionais, e que “no dia anterior à manifestação, haviam sido feitos os giros de recursos para os gastos de funcionamento de todas as universidade nacionais”.
Segundo os organizadores na manifestação – o Conselho Interuniversitário, a Frente Sindical de Universidades Nacionais e a Federação Universitária Argentina (FUA) -, o orçamento público em março de 2024 era o mesmo que o de setembro de 2022.
Além disso, o documento intitulado “A universidade pública: base da democracia e o desenvolvimento social” afirma que nem mesmo o acréscimo de 70% prometido para março deste ano e os 70% emergenciais não seriam suficientes para um contexto de inflação de 300%.
Em 1884, a Argentina promulgou a Lei 1420, que garante a gratuidade e obrigatoriedade da educação básica e superior. No entanto, o atual mandatário argentino defende que as universidades públicas são “ninhos de adoutrinamento” não auditados.
Córdoba, que é considerada uma cidade universitária e onde está a universidade mais antiga do país (UNC), foi o palco da mobilização de mais de 30 mil pessoas. Outras províncias que também contaram com mobilizações estudantis foram Santa Fe, Mendoza, Entre Ríos, Río Negro, Neuquén, Jujuy, La Pampa, La Rioja, Misiones, San Juan, San Luis, Santiago del Estero, Catamarca e Chubut.
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