PF faz buscas em endereços de Zambelli e prende hacker Walter Delgatti

A PF divulgou a execução de cinco mandados de busca e apreensão, sendo três no DF e dois em São Paulo, e um mandado de prisão preventiva

Reprodução Twitter

O hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, foi preso nesta quarta-feira (2) pela Polícia Federal. Além de Delgatti, o alvo de buscas e apreensões é Carla Zambelli, deputada federal pelo PL de São Paulo. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou a operação a pedido da PF.

A PF divulgou a execução de cinco mandados de busca e apreensão, sendo três no Distrito Federal e dois em São Paulo, e um mandado de prisão preventiva.

A intenção da PF é levantar mais informações sobre a inserção de alvarás de soltura e mandados de prisão falsos no Banco Nacional de Monitoramento de Prisões. Entre as falsificações, um mandado de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. O ‘faz o L’, slogan de campanha eleitoral de Lula, estava presente no oficio falsificado.

“Os crimes apurados ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando teriam sido inseridos no sistema do CNJ [Conselho Nacional de Justiça] e, possivelmente, de outros tribunais do Brasil, 11 alvarás de soltura de indivíduos presos por motivos diversos e um mandado de prisão falso em desfavor do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes”, informa a Polícia Federal.

Flávio Dino, ministro da Justiça, foi às redes sociais comentar a operação. “Em prosseguimento às ações em defesa da Constituição e da ordem jurídica, a Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais relativos a invasões ou tentativas de invasões de sistemas informatizados do Poder Judiciário da União, no contexto dos ataques às instituições”, escreveu.

A operação de hoje foi chamada de 3FA, referência à autenticação por dois fatores (2FA).

De acordo com as investigações, após a invasão, o grupo de Delgatti conseguiu estabelecer acesso remoto aos bancos de dados, que foi interrompido depois da descoberta, quando novas medidas foram tomadas para evitar invasões.

De acordo com a PF, os fatos investigados “configuram, em tese, os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica”.

O hacker prestava serviços para Carla Zambelli já há algum tempo. Inclusive declarou ter sido levado por ela para um encontro com Jair Bolsonaro no Palácio da Alvorada, em agosto de 2022, em plena campanha eleitoral.

Redação

2 Comentários

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  1. Delgatti poderá finalmente esclarecer se foi ou não contratado pelo PL, por Zambelli ou por Jair Bolsonaro para hackear as urnas eletrônicas e/ou o telefone do presidente do TSE. Mesmo que ele não tenha cumprido a parte dele no acordo (supondo que tal acordo foi firmado), as pessoas que o contrataram também terão que se explicar porque o objeto da contratação dele nesse caso seria obviamente ilegal.

  2. A mentira tem pernas curtas
    Se não que saibam, não faça
    O castigo chega a cavalo,etc

    Malfeitores e malfeitores não aprendem,
    continuam insistindo e sendo descobertos.
    Depois de investigados, julgados e condenados,
    tentam fugir da vergonha culpando o sistema
    legal e envergonham mais ainda sua imagem,
    sua trajetória e sua história.
    Desmereceram a rara oportunidades que milhões
    de brasileiras e brasileiros sonham receber.

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