Os senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia de Covid-19 acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (26) contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, e a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, por possível crime de prevaricação.
A ação é uma resposta ao pedido da PGR para arquivar sete de dez apurações instauradas na Suprema Corte contra Jair Bolsonaro (PL) e palacianos, que têm como plano de fundo o relatório final da comissão.
“A atuação da gestão Aras após quase 3 anos deixa evidente o modus operandi da blindagem: abertura de procedimentos preliminares para não envolver a Polícia Federal, que participaria, se houvesse inquérito aberto, e, após o caso esfriar, pedir para arquivar. A conduta sorrateira, sempre ganhando tempo para, após, arquivar, sem JAMAIS (sic) ter sequer aberto um inquérito, deve ser combatida”, diz a petição.
De acordo com o documento, atuação da PGR foi “claramente política”, a conduta de Aras “sorrateira” e Lindôra Araújo age como “testa de ferro” do seu superior.
Os senadores requerem que a atuação de Lindôra seja investigada e que Aras se manifeste diretamente sobre o caso, e que caso se recuse os autos sejam enviados ao Conselho Superior do Ministério Público Federal.
O documento é assinado por uma advogada que representa os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Humberto Costa (PT-PE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Fabiano Contarato (PT-ES) e Otto Alencar (PSD-BA).
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