Efeito-calendário reduz abertura de empresas em fevereiro

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
[email protected]

Jornal GGN – O fato de o mês de fevereiro ter três dias úteis a menos afetou o ritmo de abertura de novas empresas: ao todo, surgiram 158.023 novos empreendimentos, montante 1,4% menor em relação a janeiro de acordo com dados da consultoria Serasa Experian. Ainda assim, o total é recorde para o segundo mês do ano desde o início da série histórica, em 2010.

Apesar da queda em relação ao mês de janeiro (devido ao menor número de dias úteis), desde o início da série histórica, em 2010, houve um aumento de 49,3% na quantidade de empresas criadas em fevereiro. De acordo com a consultoria, “o resultado obtido neste mês decorre da crescente formalização dos negócios no Brasil, principalmente microempreendedores individuais”.

Os dados são comprovados pelo crescimento anual de 15,9% da quantidade de novas empresas – puxado pelos Microempreendedores Individuais (MEIs), responsáveis por 113.018 novas empresas, contra 92.759 em fevereiro de 2013 (aumento de 21,8%). As Empresas Individuais registraram queda de 3,3%, com 16.867 novos empreendimentos este mês (contra 17.439 no mesmo mês de 2013). Já as Sociedades Limitadas registraram 19.026 empresas em fevereiro, contra 19.137 no mesmo período do ano passado (queda de 0,6%).

Segundo o levantamento, das 158.023 novas empresas criadas em fevereiro de 2014, 71,5% do total (113.018) foram de Microempreendedores Individuais (MEIs), 10,7% (16.867) foram de Empresas Individuais, 12,0% (19.026) foram de Sociedades Limitadas e, por fim, 5,8% do total (9.112) foram de empresas de outras naturezas jurídicas.

As MEIs vêm registrando aumento crescente desde o início da série histórica do Indicador – em apenas quatro anos, passaram de quase metade do total de novos empreendimentos (46,1%, em 2010) para quase três quartos deste total.

O setor de serviços continua sendo o mais atrativo para os empresários: em janeiro, foram 94.618 novas empresas, equivalente a 59,9% do total. Em seguida, surgiram 48.390 empresas comerciais (30,6% do total) e, no setor industrial, foram abertas 12.640 empresas (8,0% do total) neste mesmo período.

A participação de empresas de serviços no total de empresas que nascem no país vem crescendo ao longo destes últimos quatro anos. Esta participação aumentou 0,8 pontos percentuais entre fevereiro de 2013 (59,1% do total) e fevereiro de 2014 (59,9% do total), seguindo a mesma tendência dos últimos anos.

Por outro lado, a participação do setor comercial de empresas que surgem no país tem recuado nestes últimos anos (de 34,6% em fevereiro de 2010 para 30,6% em 2014), ao passo que a participação das novas empresas industriais vem variando pouco – de 8,8% no segundo mês de 2010 para 8,0% em 2014, com média de 8,0% ao longo dos anos.

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador