A Folha e o sigilo eterno

Por Pedro M.

Nassif, a Folha consegue a proeza de confundir seus leitores, aposto que a maioria dos seus leitores não sabe a posição original da Dilma sobre as questões do sigilo devido ao número de versões.

Afinal, o que a Dilma defende nas questões do “sigilo eterno”? Pela sua trajetória política, suas entrevistas na campanha presidencial e até o momento não vejo razão para tanta polêmica.

A Folha, que goza de pouquíssima credibilidade, afirma que as posições do Collor e Sarney fizeram a Dilma mudar de idéia, não parece razoável, pois sempre ficou claro dos sigilos que envolvem segurança nacional e comprometimento do Brasil com os seus vizinhos não seriam divulgados. Em relação aos ex-presidentes, o próprio Collor afirmou que sua vida política já sofreu devassa, então deixou claro que defende apenas aos assuntos de política externa. O Sarney também.

O que está claro é a Folha querer passar uma imagem da Dilma de “titubeante”. É sempre aquele jogo midiático, ora é o Lula, ora a Dilma. E para quem acredita que esse jogo não funciona, ontem mesmo um amigo afirmou: “a Dilma não dura muito tempo, Michel Temer vai assumir…”

Da Folha

Dilma recua do recuo e volta a defender fim de sigilo eterno

DE SÃO PAULO

A presidente Dilma Rousseff voltou a defender o fim do sigilo eterno de documentos oficiais e irá pedir que sua base no Senado chancele o texto da forma como foi aprovado pela Câmara, informa reportagem de Ana Flor publicada naFolha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

A decisão foi comunicada na sexta-feira (24) a assessores. A presidente deseja encerrar o debate sobre o assunto, que vem gerando discussões no governo há semanas.

É a terceira vez que o Planalto muda de posição sobre o tema.

A presidente inicialmente queria o fim do sigilo eterno, conforme aprovado na Câmara. Entretanto, as opiniões contrárias dos ex-presidentes e senadores Fernando Collor (PTB-AL) e José Sarney (PMDB-AP) fizeram com que Dilma mudasse de opinião.

Na terça-feira (21), a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, confirmou que o governo acatará a decisão do Congresso sobre a possibilidade da manutenção do sigilo para documentos oficiais ultrassecretos.

O único ponto que a presidente Dilma insiste, segundo a ministra, é em relação aos documentos sobre direitos humanos –que não eram o centro das discussões. “A presidenta Dilma já colocou que esse ponto é inegociável. Não se pode permitir qualquer tipo de classificação de sigilo em relação as questões relacionadas a direitos humanos. Isso ela não admite em hipótese alguma”, afirmou Ideli.

A divulgação, pela Folha, de que a maioria dos senadores era contra o sigilo eterno de documentos, fez com que a presidente anunciasse que apoiaria o texto original aprovado na Câmara.

Luis Nassif

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