Governo anuncia R$ 1,9 bilhão para investimento na melhoria do ensino fundamental

Verba será destinada à formação de docentes e gestores, compra de materiais de ensino e melhorias na infraestrutura das escolas.

Lula abraça crianças no evento de lançamento do compromisso pela alfabetização
Crédito: Ricardo Stuckert

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta segunda-feira, o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, programa que vai transferir aos estados R$ 1,950 bilhão este ano e R$ 550 mil anualmente entre 2024 e 2026 para a qualidade do ensino fundamental nas escolas públicas.

Com o objetivo de garantir que 100% das crianças saibam ler e escrever ao término do segundo ano do ensino fundamental, o programa consiste em uma ação conjunta com os estados e municípios, que deverão definir a política local de educação.

Já os recursos terão como finalidade o investimento na formação de docentes e gestores, compra de materiais de ensino e melhorias na infraestrutura das escolas.

Lula garantiu ainda aulas de reforço para estudantes do terceiro e quinto ano, que tiveram o processo de educação prejudicado pelo isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19. “Nenhuma criança brasileira ficará para trás”, garantiu o mandatário.

Críticas a Bolsonaro

Segundo o chefe do Executivo, em 2021, mais da metade das crianças terminaram o segundo ano do ensino fundamental sem conseguir ler ou escrever e mais de um milhão de estudantes foram “largados à própria sorte” no processo de educação durante a gestão anterior.

“Lamentavelmente, no Brasil, tivemos um período muito obscuro nesse País em que os entes federais não conversavam entre si. Muitas vezes governador não conversava prefeito, prefeito não conversava com governador, ninguém conversava com presidente, ele não conversava com ninguém e as coisas não aconteciam. É por isso que na pandemia, as nossas crianças tiveram um prejuízo enorme na questão educacional”, ponderou Lula.

O presidente lembrou ainda que grande parte dos intelectuais brasileiros, como Florestan Fernandes, estudaram em escolas públicas e que a qualidade do ensino se perdeu por falha do Estado.

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Camila Bezerra

Jornalista

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