Tesouro capta US$ 750 mi de investidores estrangeiros com os menores juros da história

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18:16-27/07/2010
Brasília – O Tesouro Nacional conseguiu captar US$ 750 milhões de investidores norte-americanos e europeus com taxa de retorno de 4,547% ao ano, os menores juros da história para papéis em dólar. O dinheiro veio da emissão de títulos soberanos da dívida externa com vencimento em janeiro de 2021, realizada hoje (27).

Por meio do lançamento de títulos da dívida externa, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais com o compromisso de devolver os recursos com juros. Taxas menores indicam menor grau de desconfiança dos investidores de que o Brasil não conseguirá pagar a dívida.

 A menor taxa já registrada para títulos externos com prazo de dez anos tinha sido de 4,75% ao ano. Esses juros foram obtidos com a captação de US$ 525 milhões em títulos da dívida externa, em dezembro do ano passado.

A emissão de hoje é o segundo lançamento de títulos da dívida externa no ano. Em abril, o país realizou outra emissão de títulos com vencimento em 2021. Na ocasião, o Tesouro captou US$ 787,5 milhões com taxa de retorno de 5% ao ano.

Segundo o Tesouro Nacional, a demanda pelos papéis brasileiros permitiu ao governo conseguir juros mais baixos no mercado. A procura, informou o governo, foi maior que a oferta de títulos, mas os técnicos não divulgaram o valor exato.

 De acordo com o Tesouro, a emissão de hoje foi qualitativa porque o governo já tem quase todos os dólares de que precisa para pagar os vencimentos da dívida externa neste ano, estimados em cerca de US$ 7 bilhões. O lançamento do título com vencimento em dez anos, segundo o Ministério da Fazenda, serviu para aproveitar as melhores condições do mercado para reduzir o custo e melhorar o perfil da dívida externa.

 O Tesouro poderá ainda ofertar mais US$ 75 milhões ao mercado asiático. O resultado final da emissão será anunciado depois de concluída a oferta naquele mercado. Os recursos obtidos serão incorporados às reservas internacionais em 3 de agosto.

 Edição: João Carlos Rodrigues

Redação

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