Francisco Celso Calmon
Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.
[email protected]

Os militares trocaram o verde oliva pelo verde bílis, por Francisco Celso Calmon

O governo não bate continência para os militares, são eles que batem continência para o mandatário da nação.

Orlando Brito

Os militares golpistas e terroristas trocaram o verde oliva pelo verde bílis

por Francisco Celso Calmon

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) durante o governo Michel Temer, o general da reserva Sérgio Etchegoyen disse que declarações do presidente Lula sobre as Forças Armadas mostram “profunda covardia”.

E disse ainda “que afirmações desse tipo não pacificam o país nem o meio militar”.

Profunda covardia é o que fez as Forças Armadas com golpes realizados e tentados ao longo da história do Brasil.

A pacificação não será aceitando a atuação marginal à Constituição dos militares cúmplices dos vândalos terroristas que produziram o dia da desonra (8 de janeiro), com o objetivo de um golpe de Estado.

O governo não bate continência para os militares, são eles que batem continência para o mandatário da nação. Que atualmente é o senhor Luiz Inácio Lula da Silva, titular do mandato presidencial, outorgado pela soberania popular, detentora originária e única do poder.

A ditadura de 64 foi covarde, assassina, entreguista, cometeu todas as vilanias, e a família Etchegoyen é autora de golpes e tentativas e, sobretudo, cúmplice intelectual e material da tragédia de 21 anos que a nação viveu.

Que autoridade moral e credibilidade tem o gal. Sérgio Etchegoyen para dizer que Lula foi covarde?  Covardes foram todos que cometeram os crimes de sequestro, tortura, estupro, assassinatos, esquartejamentos, banimentos, butim, corrupção, como os da família militar que deram o golpe e implantaram um Estado terrorista.

A ditadura de 64 matou mais de 20 mil brasileiros, contando opositores, indígenas e camponeses, torturaram mais de 11 mil pessoas, entre elas 95 crianças e adolescente, e até o presente a instituição militar não pediu perdão à sociedade.

Que militares são esses que gastaram em supérfluos e mordomias, como as compras de Viagra, leites condessados, camarões, vinhos, uísques, próteses penianas, negociações desonestas de vacinas, cocaínas em avião presidencial, aviões da FAB para passeios particulares, motociatas e pastéis de feira às custas do erário, enquanto o governo militarizado de Bolsoanro produziu 33 milhões de miseráveis passando fome?

Que militares são esses que mamaram na teta da nação no governo bolsonarista e receberam mais de 100 mil reais por mês, enquanto não davam aumento real ao salário mínimo e congelaram os salários de várias categorias de servidores federais?

Os militares golpistas e terroristas conspurcaram o papel constitucional das Forças Armadas.

O dilema está diante da FFAA: ou se assumem como órgão de Estado, submetido ao poder civil e ao presidente da República, comandante em chefe das três armas, ou se assumem como uma entidade marginal à Constituição, conspiradora e atentatória à democracia e aos governos populares legitimamente eleitos pelo sufrágio universal.

Na ditadura usaram jacarés, cobras e cachorros para tortura, atualmente espalham os ovos da serpente.  

Vocês, militares golpistas, são os desordeiros da nação brasileira, inimigos da democracia do bem-estar de todas e todos. 

Calem-se em nome da Carta Magna, cuidem das nossas fronteiras, ocupadas pelo crime organizado, não se intrometam na política governamental, e a civilidade voltará no seio da reconstrução do Estado democrático de direito.

Francisco Celso Calmon, coordenador do canal pororoca e ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça

O texto não representa necessariamente a opinião do Jornal GGN. Concorda ou tem ponto de vista diferente? Mande seu artigo para [email protected].

Francisco Celso Calmon

Francisco Celso Calmon, analista de TI, administrador, advogado, autor dos livros Sequestro Moral - E o PT com isso?; Combates Pela Democracia; coautor em Resistência ao Golpe de 2016 e em Uma Sentença Anunciada – o Processo Lula.

0 Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você pode fazer o Jornal GGN ser cada vez melhor.

Apoie e faça parte desta caminhada para que ele se torne um veículo cada vez mais respeitado e forte.

Seja um apoiador