Alckmin busca acordo pelo diretório municipal

Do Valor

Avança acordo pelo comando de diretório do PSDB em SP

Fernando Taquari | De São Paulo
21/03/2011

De olho nas eleições de 2012, o governador paulista, Geraldo Alckmin, superou o primeiro obstáculo para a escolha do comando municipal do PSDB em São Paulo. O secretário estadual da Casa Civil, Sidney Beraldo, entrou em campo no final da semana passada para articular junto aos vereadores uma chapa de consenso para a composição do diretório municipal, que é a instância encarregada de definir o próximo presidente da sigla na cidade no dia 10 de abril. A iniciativa do secretário teve o aval do governador, que articula para evitar um embate com a bancada do PSDB que possa respingar nas eleições do ano que vem.

Alckmin não quer repetir o episódio de 2008, quando 11 dos 12 vereadores tucanos apoiaram a reeleição do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em detrimento de sua candidatura. Além disso, trabalha para manter a influência na indicação do candidato do partido na eleição para a prefeitura de São Paulo. Por isso pediu aos aliados buscassem um acordo com os vereadores em torno de um nome de consenso para o cargo de presidente do PSDB no município. Mas, por enquanto, a única coisa que o governador conseguiu foi evitar o lançamento de duas chapas para a composição do diretório municipal, que terá 71 integrantes.

ComeCom este consenso, o diretório será composto pelo líder na Câmara Municipal, vereador Floriano Peixoto, 50 dirigentes zonais eleitos na semana passada e mais 20 pessoas que representam a composição política. Nesse grupo estão vereadores, deputados, integrantes da executiva regional do PSDB e representantes de movimentos populares de áreas específicas, como educação, saúde e segurança. Todos terão o direito de votar no dia 10 de abril para a escolha do próximo presidente tucano na cidade de São Paulo. Apesar da chapa única para composição do diretório municipal, a definição do comando do partido deve ser decidida no voto.

Isso porque as chances de acordo sobre o tema parecem remotas na medida em que os vereadores insistem em indicar um nome para o cargo, enquanto aliados de Alckmin defendem que o posto seja ocupado pelo secretário estadual de Gestão Pública, Júlio Semeghini. Floriano explicou que a bancada na Câmara Municipal trabalha com duas alternativas. A primeira, que segundo ele, parece mais palatável aos demais integrantes tucanos, é encampar a candidatura do deputado estadual, Carlos Alberto Bezerra, que deixou na semana passada a Câmara Municipal para assumir o cargo na Assembleia Legislativa. A outra possibilidade aventada é escolher um dos 13 vereadores do partido para a disputa interna.

“A bancada fez um gesto positivo ao aceitar formar um diretório consensual. Esperamos que isso seja compreendido e que haja um acordo que respeite o poder local. Se isso não for possível, a situação será definida no voto”, disse o presidente da Câmara Municipal, vereador Police Neto. 

Luis Nassif

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