Amor: idealização e realidade, por Luiz Claudio Tonchis

 

Desde as origens do pensamento reflexivo o amor sempre foi tema de suma importância. Uma das primeiras reflexões sobre o amor é retratado no livro o Banquete de Platão. Para Platão, o amor é a busca da beleza. Embora tenha início na realidade física, ele deve alcançar a sua forma universal, não permanecendo prisioneiro da matéria. É muito comum confundir-se o amor platônico com o amor não correspondido ou desprovido de interesse sexual. Na realidade, o amor platônico é aquele que transcende o mundo físico, indo para a sensibilidade intelectual ou da alma. Para ele, o mundo das ideias é onde estão todas as verdades e a essência da Vida, o Belo.

Quando nasceu Afrodite, conta Sócrates, os deuses deram um banquete para celebrar a ocasião. Entre eles, encontrava-se também Recurso (Eros), filho de Prudência. Quando o jantar terminou, Pobreza (Pênia) chegou e postou-se à porta para esmolar. Recurso havia se embriagado e, dirigindo-se ao jardim de Zeus, adormeceu. Pobreza, aproveitando-se da situação, deitou-se ao seu lado e assim concebeu o Amor. Gerado no dia do nascimento de Afrodite, Amor tornou-se seu companheiro e servo e, ao mesmo tempo, amante do Belo, pois Afrodite é bela.

Por ser filho de Pobreza e Recurso, ele é, por parte de mãe, “sempre pobre”, carente e padecedor de muitas necessidades; por parte de pai, porém, “está sempre conspirando contra o justo e o bom; é corajoso, empreendedor, forte, um poderoso caçador, sempre tecendo intrigas, ávido de sabedoria, fértil em recursos, terrível mago, feiticeiro e sofista”.

Pois bem, num relacionamento amoroso é sempre comum essa instabilidade entre esses dois pólos: a felicidade e a angústia. A vivência do amor genuíno se enraíza através da afirmação da alteridade, capacidade de compreender a interioridade do outro; o amor é assim, uma experiência que preconiza a intersubjetividade afetiva de ambos, pautada pelo respeito e afirmação do valor humano do outro.

Em todo início de um relacionamento, supõe-se que dure para sempre, transcenda o tempo: o ideal de ambos é que seja autêntico, e que seja eterno. Longe da declaração um tanto que pragmática de Vinícius de Moraes, “que seja eterno enquanto dure”, o casal anseia que seja realmente eterno, utopicamente eterno. Dessa forma, constroem uma estrutura mental de um amor puro e perfeito, por isso, qualquer ameaça é sempre angustiante e seu término é traumático. Muitas vezes, o fim de um relacionamento não significa que o amor tenha acabado, mas o que faltava seria a racionalidade para administrar os conflitos e, por outro lado, como um complemento, a criatividade para manter viva a dinâmica da conquista permanente que a permanência do amor exige.

Uma outra questão importante num relacionamento é o respeito à individualidade do outro; tal como sabiamente comentou Edgar Morin (1921): “A autenticidade do amor não consiste em projetar nossa verdade sobre o outro e, finalmente, vê-lo exclusivamente segundo nossos olhos, mas sim de nos deixar contaminar pela verdade do outro”. Esta atitude é um imperativo para a saúde de qualquer relacionamento amoroso. Muitas vezes, é comum criarmos expectativas comportamentais com à pessoa amada, isto é, desejamos ou exigimos que o outro siga um padrão de comportamento segundo o nosso ponto de vista e nossa visão de mundo. Esse tipo de comportamento é um desrespeito à interioridade, sentimento e valores do outro e, consequentemente, desgasta qualquer relacionamento.

Uma relação amorosa não pode ser vertical e carece sempre de atualização, é sempre um devir, cuja capacidade nunca termina de se atualizar, pois está sempre em movimento. No amor verdadeiro não há interesses, nem dominante e dominado, nem superior ou inferior. Sua principal característica é o compromisso com o outro. Além disso, o amor exige certos cuidados que, de certa forma, estão ligados às virtudes morais e a um comportamento ético no relacionamento.

Não podemos confundir sexo com amor, sexo é uma coisa, amor é outra, apesar de estarem intimamente conectados. O âmbito do sexo é a realidade física, é a sensação. Já o amor está relacionado à sensibilidade intelectual, à alma. O prazer proporcionado pelo sexo é diferente do prazer do amor. Não podemos negar que o sexo entre dois seres que se amam é muito mais prazeroso e, também, transcendente. Rita Lee acertou quando canta “amor sem sexo é amizade e sexo sem amor é vontade”. Um casal que se ama e não pratica sexo, ou que pratica sexo e não se ama, vive uma relação pela metade, e ninguém é feliz pela metade.

Foucault (1926-1984) disse: “O que me surpreende, em nossa sociedade, é que a arte se relacione apenas com objetos e não com indivíduos ou a vida; e que também seja um domínio especializado, um domínio de peritos, que são os artistas. Mas a vida de todo indivíduo não poderia ser uma obra de arte? Por que uma lâmpada ou uma casa são objetos de arte, mas nossas vidas não? ”.  Os critérios estéticos nos relacionamentos de amor e da própria sexualidade devem ser protagonizados pelo casal como uma obra de arte, como algo criativo, no sentido de inventarem e reinventarem possibilidades no modo como ambas as práticas venham a se configurar. Não deverá haver regras únicas, culturalmente estabelecidas, sua dinâmica é intersubjetiva e serve para potencializar a dimensão humana criativa e não cair na rotina.

O amor para o ser humano tem a característica contingente. Esta expressão designa um acontecimento futuro que, uma vez dadas as leis da natureza, tanto pode realizar-se quanto deixar de ocorrer. A sabedoria popular a exprime dizendo: “nunca estamos seguros de nada”. Trata-se de um futuro apenas possível. No entanto, amar é sempre um desejo, não importa quem, não importa como. O problema é que, muitas vezes, o desejo de amar vem antes de alguém para se amar. 

A grande ameaça para um relacionamento de acordo com as regras estabelecidos pelo casal, ou seja, aquilo que ambos estabelecem como normas de convivência, como por exemplo, a fidelidade, o companheirismo etc., é o ciúme. Geralmente, é um sentimento acompanhado de inquietude e suspeita, caracterizado pelo desejo de possuir exclusividade do amante. É o medo de perdê-lo para um rival real ou mesmo imaginário. Geralmente, é um sentimento ambivalente de amor e ódio, constituído por um apego possessivo ao outro, acompanhando de forte ansiedade e uma grande desconfiança, a angústia.

Nos discursos cotidianos do senso comum, o ciúme, na medida certa, pode ser “a pimenta do relacionamento”, mas em excesso é sofrimento emocional, angústia e desespero. Aristóteles propõe no livro Ética a Nicômico, a teoria do “meio termo” ou do “justo meio”, que é a resposta emocional correta às ações entre dois extremos. Por um lado, podemos ter um extremo envolvendo a emoção em demasia, e outro extremo envolvendo a falta de emoção. A razão é capaz de identificar qual é o ponto central adequado. Por exemplo, num relacionamento, a confiança na medida certa é uma virtude. Confiar plenamente, constante e incondicionalmente, sendo assim incapaz de perceber a infidelidade e o descompromisso do outro, é, porém, vício por deficiência. Por outro lado, desconfiar de tudo, criar rivais imaginários é vício por excesso. Assim sendo, poderíamos dizer que a confiança pode ser permeada de ciúmes na medida certa, apropriada às circunstâncias.

No Brasil, a falta de racionalidade e lucidez desencadeia centenas de assassinatos, em crimes passionais motivados pelo ciúme, geralmente contra mulheres. Não há no país um estudo científico sobre o tema. Nem mesmo um trabalho estatístico com dados oficiais. Mas o fato é que, a considerar o noticiário policial no país inteiro, não dá para escapar à seguinte conclusão: em casos de “ciúme romântico”, o homem mata mais que a mulher. Em média, de cada dez crimes passionais noticiados, quando uma pessoa enciumada mata o parceiro, sete são protagonizados por homens. Segundo o Jornal do Brasil dez mulheres morrem por dia no Brasil vítimas de crimes passionais. Ao todo, 25% desses homicídios são por motivos fúteis e que poderiam ser resolvidas de forma pacífica, através da racionalidade mediado pelo diálogo.

Um fenômeno interessante muito comum atualmente é a paixão construída à distância que acontece através do Facebook e outros meios de comunicação virtual. As pessoas se apaixonam sem nunca terem se encontrado, e logo começam a sentir “amor” e “saudade” um do outro, “amor” por alguém que você nunca encontrou, saudade do que ainda não foi vivenciado “in loco”. Assim, as pessoas namoram, noivam e se “casam”. Esse fenômeno nada mais é do que a construção de um ideal imaginário, por carência afetiva ou dificuldade de se relacionar pessoalmente, simulando através da internet aquilo que lhe apresenta como mais prazeroso.

A facilidade de comunicação através das redes sociais pode ser um aliado de pessoas solitárias ou tímidas para desenvolver uma interatividade e uma relação afetiva, amplia-se as possibilidades. O ideal é que com o tempo venham a se conhecer pessoalmente para confirmar se há “química”, para que o relacionamento se confirme e venha a ser de fato, concreto, real. Caso contrário, é um faz de conta, uma fantasia de um amor idealizado.

O surgimento dos relacionamentos virtuais, ocasionou também o surgimento da chamada infidelidade virtual, como sendo um relacionamento virtual praticado por pessoa comprometida, seja pela união estável ou pelo casamento, a qual passa a experimentar diferentes experiências afetivas e/ou sensuais com pessoa estranha à relação estável ou conjugal.

Os relacionamentos virtuais romperam o padrão social dos relacionamentos presenciais, sendo motivados por muitas causas. A princípio, por muitos a internet é usada para conhecer pessoas, por curiosidade, para fazer descobertas; outras pessoas navegam na internet para afastar a solidão, o tédio do dia-a-dia, preenchendo, desta forma, carências afetivas. O problema é que muitas vezes, pessoas comprometidas acabam cedendo a sedução, muito comum nas amizades virtuais mais duradouras. No decorrer do tempo vão se tornando íntimos, compartilham segredos, fantasias, fetiches e acabam se envolvendo, caracterizando assim, a infidelidade virtual.

Além disso, existe sempre um risco do internauta ser vítima de psicopatas inescrupulosos disfarçados de bom “rapaz” ou boa “moça” que passa horas nas redes em busca de vítimas para alimentar suas fantasias. A vitimização se configura quando a pessoa acredita no sedutor virtual, o canalha virtual. Esses sedutores têm o perfil galanteador, dizem coisas que a pessoa gosta de ouvir, fingem ser amigos, companheiros de todas as horas, são carinhosos com as palavras, fingem ser compreensivos, enfim representam um mundo perfeito de troca afetiva, porém imaginário. Na realidade, não passa de um jogo, geralmente, “teclam” da mesma forma com várias outras pessoas, enganando suas vítimas. É muito comum as mesmas terem dificuldades para perceber essa realidade, e se eventualmente são alertadas, não acreditam. A pessoa fica “cega”, por estar apaixonada.

As mulheres são as principais vítimas dos canalhas virtuais. Para isso, eles criam perfis falsos, seja para esconder sua real identidade, seja para dificultar que sejam descobertos pelas parceiras ou parceiros, caso sejam comprometidos (as), ou mesmo para não comprometer seus diferentes contatos virtuais. Para a psicóloga Rosana Ferrari, numa citação de um artigo de Cybelle Guedes Campos, publicado no portal “Âmbito Jurídico”, nestes casos: “A Internet realiza os desejos incompatíveis com a vida cotidiana. Não há compromisso com a verdade. Ela dá vida aos desejos reprimidos. Cria um mundo ilusório de facilidades. Mudou o flerte, a palavra se torna poderosa no jogo da sedução”.

Há, também vários relatos em jornais de estrangeiros que dão golpes em brasileiras para obter visto permanente no Brasil e, também de golpistas que seduzem para tirar dinheiro das mulheres apaixonadas. As várias denúncias de brasileiras vítimas de estrangeiros que conheceram pela rede mundial de computadores colocaram em estado de alerta o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), ao ponto deste órgão do governo publicar em seu portal uma nota orientando as brasileiras para que tomem muito cuidado com os relacionamentos amorosos com estrangeiros que conheçam pela internet.

“O MRE vem recebendo numerosas queixas de cidadãs brasileiras vítimas de roubos, fraudes e violência cometidos por cônjuges estrangeiros que conheceram pela internet e com os quais tiveram pouco ou nenhum convívio presencial antes do casamento. De acordo com os relatos recebidos, que incluem denúncias de cárcere privado, é frequente, nesses casos, que os maridos estrangeiros mudem completamente de comportamento, logo após a formalização do matrimônio, tornando-se agressivos e manipuladores ou interrompendo repentinamente o contato com as vítimas, após obterem visto de permanência no Brasil”, diz a nota.

Os aspectos negativos na comunicação virtual devem ser considerados pelos usuários. Muitas vezes provocam consequências desastrosas tanto na sua vida individual quanto no seu relacionamento afetivo. Além disso, há muitos relatos de dependência psíquica. Cria-se a necessidade de ficar cada vez mais conectado no bate papo virtual. Com isso, a pessoa dorme menos, desenvolve ansiedade, isola da vida social e dentro do próprio lar e, em decorrência, perde o interesse pelo parceiro real.

A infidelidade, tanto real quanto virtual é uma questão complexa e carece de um debate minucioso que envolvem muitas questões, como por exemplo: cultural, social, religiosa, antropológica, moral e ética, nas suas mais diferentes interpretações. Uma sugestão de reflexão ética sobre o comportamento moral é o imperativo categórico de Kant (1724-1804) que diz: “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através da tua vontade, uma lei universal.” Dessa forma, o pensador quer dizer que o que as suas ações devem valer para todos, ou seja, não se deve agir ou criar regras que só valem para você mesmo, mas para todos, universal. Por exemplo, se uma pessoa comprometida pode manter um relacionamento de “amizade colorida” nas redes sociais, então todos podem, inclusive o seu companheiro ou companheira.

As facilidades da comunicação virtual liberaram as pessoas de suas fantasias subjetivas, que existiam somente no pensamento oculto. Atualmente, é possível compartilhar essas fantasias erotizadas através das redes sociais, assim como os fetiches. É comum que inicialmente elas aconteçam no anonimato, mas com o tempo, a tendência é que ambos envolvidos revelem suas identidades, compartilhando o seu perfil verdadeiro nas redes sociais, pois constroem uma relação de confiança mútua, que, muitas vezes, pode ser ilusória e baseada em mentiras. Desta forma, as redes sociais passaram a ser mais um problema e preocupação nas relações afetivas.

As relações afetivas e de amor são complexas, permeadas de fortes emoções. Ele é sempre uma eterna busca pelo objeto de desejo. Talvez ele seja como em Platão, onde o próprio desejo é a busca incessante do belo, cuja sua perfeição transcende o corpo físico, que representa um sentimento espiritual mais profundo.

Por um lado, ele é trágico, cheio de necessidades e carente pela urgência de ser correspondido na sua totalidade. É também contraditório pela possibilidade de ser e não ser, sua finitude é sempre uma possibilidade, podendo ser uma trágica ou sombria experiência imaginária, como uma espécie de morte. Por outro lado, ele é alegria, prazer e o desejo pela busca da felicidade e que, muitas vezes está no cerne de um sentimento utópico. O amor é uma coisa tão boa que jamais deveria produzir sofrimento, mas, talvez, sem o sofrimento ele não poderia ser plenamente realizado em sua dicotomia de prazer e dor.

No entanto, o uso da racionalidade é indispensável em qualquer atividade humana, um relacionamento de amor deve saber dosar o equilíbrio entre a emoção e a razão. Somente a lucidez racional é capaz de compreender as próprias emoções e nessa perspectiva compreender a complexidade dos fenômenos que permeia todo relacionamento afetivo. O bom senso e o diálogo são ferramentas capazes de construir a possibilidade do casal tomar um caminho capaz de superar as particularidades individuais, as idiossincrasias, e impor uma vida em comum em que a soma das sensações positivas sobreponha-se às negativas.

 

Luiz Claudio Tonchis é Educador e Gestor Escolar, trabalha na Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, é bacharel e licenciado em Filosofia, com pós-graduação em Ética pela UNESP e em Gestão Escolar pela UNIARARAS. Atualmente é acadêmico em Pós-Graduação (MBA) pela Universidade Federal Fluminense. Escreve regularmente para blogs, jornais e revistas, contribuindo com artigos em que discute questões ligadas à Política, Educação e Filosofia.

Contato:  [email protected]

 

Referências

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Tradução: Edson Bini.1º Ed. Bauru, Edipro, 2002.

FOUCAULT, Michel. Estratégia, Poder-Saber. Ditos e Escritos IV. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1994.

JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 4.º Edição. 4.º ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.2006.

KANT, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes e Outros Escritos. São Paulo: Martin Claret: 2004.

PLATÃO. Banquete. Trad. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Editora Nova Cultural. Ed. 5. 1991.

http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2011/06/dez-mulheres-morrem-por-dia-no-brasil-vitimas-de-crimes-passionais.html›. (Acesso em 12/07/2015)

http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=6376› (Acesso em 10/07/2015)

http://www.brasileirosnomundo.itamaraty.gov.br/noticias/alerta-relacionamentos-com-estrangeiros-pela-internet› (Acesso em 13/07/2015). 

Redação

19 Comentários

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  1. Excelente texto

    Substanciais os últimos parágrafos que mencionam razão e emoção equilibrados.A meu ver, a racionalidade exacerbada é responsável por descaracterizar o que é próprio do ser humano – isto é bem diferente do que a Academia e o senso “nobre” intelectualizado vem cristalizando, por séculos, no senso comum.

    1. Racionalidade

      Realmente Odonir. Temos que dosar a racionalidade. Me lembra, também, o Apolíneo e o Dionisíaco de Nietzsche.

       

      Apolo:
      Bela Aparência; Sonho; Forma (limite); Princípio de individuação; Resplandecente; Ordem; Serenidade; etc.

      Dioniso:
      Música; Embriaguez; Uno Primordial (não há forma, sem limite); Indiferenciação; Essência; Desmedida; Domínio Subterrâneo; etc.

      Assim, é necessário o equilíbrio entre essas duas forças. 

  2. Lindo texto

                      Gostei muito do texto. Análise bastante abrangente.

                      Particularmente gostei muito da parte em que cita Foucaud e sobre a nossa vida poder ser uma obra de arte. Acho que sim, podemos trabalhar nossas vidas com tal cuidado que a sintamos como um bela obra por nós realizada.

                       Futuro incerto, medos, perdas, trabalho árduo, não necessariamente coroado de sucesso aos olhos externos, mas o que importa é o que sentimos.

    1. Estética da Existência

      Obrigado MV. Foucalt foi um pensador fenomenal, também gosto, quado ele trata da estética da existência. Ela deve ser entendida como as práticas racionais e voluntárias pelas quais os homens não apenas determinam para si mesmos regras de conduta e um comportamento ético, como também buscam transformar e modificar seus seres singulares, e fazer de suas vidas uma “obra de arte” que sejam portadoras de certos valores estéticos que correspondam a certos critérios de estilo.

  3. Excelente.

    Gostei muito da parte que fala das relações amorosas virtuais e a infedelidade virtual. É lógico que esse assunto merece uma reflexão maior e o texto a parte. Sugiro que você o faça. Mas, é exatamente assim que acontece.

    1. Prometo

      Obrigado Patricia. Pretendo discutir essa questão de relacionamentos virtuais, nas suas mais diferentes configurações, mais profundamente. Em breve compartilho com vocês.

      Grato

  4. Maria

    “As facilidades da comunicação virtual liberaram as pessoas de suas fantasias subjetivas, que existiam somente no pensamento oculto. Atualmente, é possível compartilhar essas fantasias erotizadas através das redes sociais, assim como os fetiches”. Eu tenho minhas dúvidas se isso é positivo ou negativo, esse pensamento subjetivo desenvolve o recalque, liberar essas fantasias de alguma forma pode ser algo positivo. Por outro lado existe o risco de se expor mesmo no anonimato que as redes sociais permitem.

  5. Amigo, seu texto é

    Amigo, seu texto é maravilhoso, fantástico; mas me deixe , por favor, sem querer ser pretensiosa, mais do que sei que estou sendo, rs. O amor não pode ser racional, senão perde a graça ; e, acho eu, que ele, morre pelo orgulho, pela arrogância, se eu , evidentemente, acreditasse na sua existência. Para amar é necessário humildade, sendo assim, o ser humano não consegue amar, ele exagera em sua própria importância e usa o “amor” como status sócio-econômico ou como apêndice financeiro.

    1. A racionalização ou racionalidade

      Obrigado Vilma.

      A racionalização ou racionalidade, como eu citei, em um sentido genérico, método que defende o papel central da razão na ordenação de toda atividade humana. É, também, numa visão mais psicanalítica um mecanismo de defesa, através do qual se pretende justificar e explicar racionalmente atitudes e ações cujos motivos estão em conflito. O amor por si, tem essa característica conflituosa. Assim, o amor como sendo por si conflituoso necessita de uma dose de racionalização para que esses conflitos sejam administrados. Abs.

  6. O internet virou que assemelha ao uso de crack e cocaína.

    Excelente o seu artigo! É visível uma geração de pessoas viciadas na internet. É um vício que assemelha ao vício as drogas. As pessoas de todas as idades ficaram alheias ao mundo e ficam o tempo todo na internet. Nas ruas, pontos de ônibus, lanchonetes, restaurantes é visível que tudo que interessa é estar conectados na internet. Além do mais, atos libidinosos, amizades coloridas, permeadas de mentiras e falsidades é comum nos bates bate. Antes, era realizado através dos chats, hoje nem tanto. Hoje as pessoas se expões mais suas individualidades, é através do facebook mesmo. É muito comum também os “fake” falsos facebook. E isso, é crime. É FALSIDADE IDEOLÓGICO COM UM PROPÓSITO OCULTO, CLANDESTINO. É que a nossa legislação deixa muito a desejar, mas já possui mecanismo de criminalizar esse tipo de conduta. Penso que, nunca houve uma forma mais terrível de submeter, dominar e aprisionar as pessoas do que incentivá-las ao uso compulsivo da internet.

    Vai dizer isso a um viciado ou viciada. Ele responde: Eu não. Viciado são os outros. O primeiro sintoma da demência provocado pelo vício é extamente essa, a sua negação.

  7. Excelente

    Excelente o seu artigo. Só gostaria de parabeniz-a-lo pela coerência na argumentação e a forma como você tratou de uma assunto tão difícil.

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