Betty Friedan, líder feminista

Betty Friedan

Por Tamára Baranov – Rio Claro/SP

Betty Friedan (Betty Naomi Goldstein)
(Peoria, 04 de fevereiro de 1921 – Washington, 04 de fevereiro de 2006)

Betty Friedan foi líder feminista mais conhecida por seu livro ‘The Feminine Mystique’, que explora as causas das frustrações das mulheres em papéis tradicionais tornando-se num dos mais importantes livros do século XX.

Com licenciatura em psicologia Betty trabalhou em vários empregos até 1947, quando se casou e depois se divorciou. Nos 10 anos seguintes viveu como uma dona de casa e mãe nos subúrbios de Nova York, enquanto trabalhava para várias revistas. Em 1957, um questionário que circulou entre seus colegas de classe sugeriu-lhe que muitas delas eram, como ela, profundamente insatisfeitas com suas vidas. Ela então planejou e empreendeu uma extensa série de estudos mais detalhados sobre o questionário, com a realização de entrevistas, discutindo seus resultados com psicólogos e outros estudiosos do comportamento e finalmente organizando suas descobertas, iluminadas por suas experiências pessoais, lançou em 1963 o livro ‘The Feminine Mystique’.

O livro foi um best-seller imediato e polêmico. O título era um termo que cunhou para descrever ‘o problema que não tem nome’, isto é, um sentimento de inutilidade pessoal resultante da aceitação de um designado papel que exige a dependência intelectual, econômica e emocional de uma mulher através de um marido. A tese central de Friedan era de que as mulheres ,como uma classe, sofrem uma variedade de mais ou menos sutis formas de discriminação, mas eram em particular as vítimas de um sistema generalizado de delírios e falsos valores em que eram encorajadas a encontrar a realização pessoal, mesmo a identidade, através de maridos e filhos a quem deveriam dedicar alegremente suas vidas.

Em 1966 Betty Friedan foi co-fundadora da ‘Organização Nacional para Mulheres’, grupo dedicado a alcançar a igualdade de oportunidades para as mulheres. Como presidente, dirigiu campanhas para acabar com avisos de emprego classificados por sexo, para uma maior representação das mulheres no governo, por creches para as mães que trabalham, e para legalização do aborto e outras reformas. Apesar de ter sido mais tarde, dirigido por grupos mais jovens e mais radicais, permaneceu como a maior e, provavelmente, a organização mais eficaz no movimento feminista. Friedan deixou a presidência em 1970, mas continuou ativa na defesa dos direitos conquistados pelas mulheres, surgidos em grande parte de seus esforços pioneiros.

Redação

1 Comentário

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  1. Sexo fragil, não!

    Eh, Tamara, é uma boa lembrança a de Betty Friedan. Devemos a ela, a Beauvoir e a tantas outras que as antecederam e as precederam nesse caminho de mudar o destino da mulher. Ainda que tenha havido radicalizações, acho que foi muito importante o papel das feministas para empurrar para a frente a evolução dos costumes nas questões relativas ao papel social da mulher. 

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