Bolsa tem alta de 0,28%, em dia de postura mais cautelosa

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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No câmbio, cotação do dólar fecha em alta de 0,61%, a R$ 3,597

Jornal GGN – O índice de referência do mercado brasileiro fechou as operações em alta, por conta do cenário positivo no exterior, mas com os agentes mantendo-se cautelosos por conta do feriado e do cenário político.

O Ibovespa (índice da Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo) encerrou as operações em alta de 0,28%, aos 49.482 pontos e com um volume negociado de R$ 5,539 bilhões. Agora, o índice passa a acumular queda de 0,48% na semana e de 8,21% no mês, e um ganho anual de 14,15% no ano.

Na agenda de indicadores, internamente, destacou-se a divulgação, pelo Bacen, da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, além da divulgação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), ambos contabilizados até o mês de abril.

“O primeiro denotou a continuidade da retração do crédito de maneira geral, bem como um já esperado aumento, ainda que marginal, no índice de inadimplência, especialmente impactado pelo segmento pessoa jurídica”, explicam os analistas do BB Investimentos, em relatório. “Já o segundo registrou perda líquida de 62,8 mil postos de trabalho, em linha com as estimativa do mercado, em negativos 62,5 mil. O número, apesar de negativo, corrobora a visão de que o primeiro trimestre deste ano deve ter sido o “fundo do poço” em termos macroeconômicos, já que a retração é significativamente menor tanto em comparação com março deste ano (-118,7 mil), quanto em relação a abril de 2015 (-97,8 mil)”.

De outra mão, na pauta da equipe econômica do governo interino de Michel Temer, o anúncio dos nomes que assumirão o comando dos bancos públicos foi postergado para a próxima semana.

Na agenda internacional, se sobressaíram os dados dos Estados Unidos. O resultado preliminar do PMI (Índice dos Gerentes de Compras) do setor de serviços frustrou os analistas, mas, mesmo mostrando recuo nesta divulgação, permaneceu acima de 50 – patamar que separa a expansão da contração do indicador. Os estoques semanais de petróleo apresentaram queda de 4,27 milhões de barris na semana encerrada em 20 de maio, para 537,1 milhões de barris, versus a semana anterior. A baixa veio maior do que a previsão dos agentes e ajudou a impulsionar a cotação dos contratos futuros de petróleo dos tipos Brent e WTI.

Em termos acionários, o desempenho do mercado foi afetado pelas ações da Vale, do Banco do Brasil e da Petrobras. No caso da mineradora, as ações ordinárias (VALE3) saltaram 4,28%, a R$ 14,62, e os papéis preferenciais (VALE5) subiram 2,47%, a R$ 11,63. As ações foram afetadas pelo anúncio de que a Bolsa de Hong Kong aprovou a proposta da companhia de encerrar a listagem de seus recibos de ações.

No setor bancário, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) ganharam 2,94%, a R$ 16,45, mas as ações do Itaú Unibanco (ITUB4) caíram 0,46%, a R$ 30,01, e as ações do Bradesco (BBDC4) se desvalorizaram 0,41%, a R$ 24,42.

Os papéis da Petrobras também subiram. As ações preferenciais (PETR4) avançaram 1,64%, a R$ 8,67, enquanto os papéis preferenciais (PETR3) fecharam praticamente estáveis, com leve alta de 0,09%, a R$ 11,10. O aumento do preço do petróleo no setor externo afetou os papéis da estatal.

No cenário político, o governo interino de Michel Temer conseguiu aprovar na madrugada desta quarta-feira o rombo de R$ 170,5 bilhões nas contas públicas de 2016, mas ainda existe alguma preocupação com a possibilidade de aprovação das medidas que possam equilibrar as contas públicas.

Depois de operar em queda na parte da manhã, a cotação do dólar comercial mudou de sentido e fechou em alta de 0,61%, a R$ 3,597 na venda – o maior valor desde 7 de abril, quando a moeda norte-americana terminou o dia valendo R$ 3,694. No mês, a moeda acumula alta de 4,57%. No ano, no entanto, tem desvalorização de 8,88%.

Além do cenário político, a cotação foi afetada pelo fluxo de saída da moeda no fim da manhã relacionado à formação do dólar Ptax – taxa usada como referência para diversos contratos fixados em dólar, e calculada diariamente pelo Banco Central. Com a aproximação do fim do mês, os operadores tentam puxar a cotação para favorecer sua situação. Pela quinta sessão seguida, o Banco Central não fez leilões de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares.

O mercado brasileiro não opera nesta quinta-feira devido ao feriado de Corpus Christi, mas atividades continuam no exterior, com a divulgação dos números de pedido de seguro-desemprego e vendas de casas pendentes nos Estados Unidos; PIB (Produto Interno Bruto) na Inglaterra; e o índice de preços ao consumidor no Japão, entre outros dados. As negociações serão retomadas na sexta-feira.

 

(com Reuters)

Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

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