Alckmin disputa com Maia o apoio de partidos

Tucano quer o maior tempo de TV e corteja os mesmos partidos que já estavam em conversa com o deputado e também presidenciável 
 
Geraldo Alckmin Foto: Marcelo Camargo da Agência Brasil
 
Jornal GGN –  Com cerca de 12% das intenções de voto, segundo o Datafolha, mesmo sendo conhecido por 85% dos eleitores do país, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), aposta que será capaz de atrair a opinião pública na sua candidatura a Presidente da República com mais tempo durante a propaganda eleitoral na televisão. É uma boa estratégia. Em 2016, dois de cada três candidatos a prefeito com maior tempo de televisão venceram, segundo um levantamento realizado na época no Blog Fernando Rodrigues. 
 
Mas não será fácil para Alckmin. Ele esbarra nas articulações que o presidente da Câmara e também presidenciável, Rodrigo Maia (DEM) já vinha realizando. 
 
Segundo informações da Folha de S. Paulo, os partidos cortejados pelo psdebista são DEM, PP, PSD, PTB, PPS e Solidariedade. Com essas seis siglas o tucano conseguiria garantir 4min10s dos 12min30s do tempo diário de transmissão. 
 
Para conseguir esse feito, Alckmin precisa acelerar ou ser mais convincente que Maia. O parlamentar já está em conversas com PP, Solidariedade, PSD, PR e PRB. Para atrair o DEM, o tucano estaria negociando o apoio em troca da vaga de vice na chapa. Já o Solidariedade é o partido com mais chances de fechar com Alckmin, pelo menos foi a impressão que o presidente da sigla, Paulinho da Força (SP), passou. Ele teve um encontro com o governador no Palácio dos Bandeirantes dia 7, quando declarou: 
 
“Ainda não discutimos uma aliança, mas ele é um parceiro nosso e temos uma boa relação com ele. Acredito que ele é o candidato mais visível nesse campo de centro”. 
 
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Por outro lado, na última semana o presidente da Câmara realizou um almoço para tratar do impacto das chuvas no Rio com o prefeito Marcelo Crivella e o ministro das Cidades, Alexandre Baldy. Estava presente no encontro o deputado Paulinho da Força e, no mesmo dia, Maia teve conversas com presidentes do PP, Ciro Nogueira, deputado pelo Piaui. 
 
A negociação entre PSDB e DEM, entretanto, pode acabar acontecendo por um propósito bem mais amplo: barrar as intenções do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à presidência. 
 
Segundo informações do Estadão, o próprio Alckmin estaria apoiando a candidatura de Maia nos bastidores para este fim. O fortalecimento das duas siglas, naturalmente, faria expirrar Meirelles. 
 
Maia também andou declarando que não se sente ameaçada pela candidatura do ministro da Fazenda que careceria de apoio dentro do próprio partido, o PSD e, menos ainda do Planalto. Se o governo melhorar sua imagem frente a população, o próprio Temer tentará se candidatar. Já se for mal, nenhum ministro terá chances. 
 
Meirelles, entretanto, tem o apoio garantido do presidente do seu partido, Gilberto Kassab, que em entrevista à Folha foi taxativo ao dizer que o PSD não tem plano B ou C, apenas o plano A “que é o Meirelles”. 
 
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Redação

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