Por Fábio de Oliveira Ribeiro
Hoje estreou nos cinemas o filme “O boneco do mal”. Há bem pouco a dizer sobre este filme. Não por acaso notei a semelhança entre o casarão deste filme e aquele que foi usado no filme “A casa do espanto 2” (1987). Os dois filmes são muito ruins.
“O boneco do mal” começa bem e tem algumas boas cenas. Mas quando entra em cena o namorado de Greta, a moça que cuida do boneco, o filme desanda. O verdadeiro Brahms, personagem que vive nas paredes da casa e se faz representar pelo boneco, não é capaz de assustar um garoto de 10 anos.
Brahms usa uma máscara para esconder o rosto deformado pelo incêndio. Em razão disto ele me fez lembrar o personagem Baldwin IV do filme Cruzada (2005).
As diferenças entre estes dois personagens é gritante. Baldwin IV esconde o rosto deformado pela lepra, mas é um rei maduro, sábio e justo, um comandante militar que desperta respeito e temor em Saladino. Brahms é imaturo e violento, um psicopata solitário que protagoniza uma tragédia familiar. A comparação entre ambos sugere que as máscaras são objetos neutros. Elas podem esconder e revelar tanto a virtude quanto a deformidade psiquiátrica.
“O boneco do mal” não vale o desperdício de tempo e dinheiro. Nada mais falarei sobre este filme.
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