Chineses rejeitam discurso de “excesso de capacidade” de sua indústria

Tatiane Correia
Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.
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Para autoridades, argumento é usado como ferramenta política por países ocidentais para manchar política econômica chinesa

Foto de Anja Bauermann na Unsplash

A posição chinesa na cadeia global não se deve à política adotada pelo país, mas sim ao resultado das decisões tomadas por empresas e consumidores de todo mundo.

Para especialistas e executivos entrevistados pelo jornal China Daily, o modelo econômico chinês lhe proporciona uma vantagem que faz do país o centro industrial de referência para o mercado internacional.

Entretanto, os entrevistados destacaram que o discurso de “excesso de capacidade da China” tem sido usado por certos países ocidentais – em especial os Estados Unidos – como “ferramenta política para manchar e suprimir a economia chinesa”.

Na visão dos observadores, tal visão coincide com uma agenda de protecionismo e antiglobalização que, em última análise, afeta os interesses comuns das nações e impede a normalidade do comércio global.

Um exemplo citado pelos entrevistados foi a declaração da Secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen – em visita à China em abril, ela declarou que a China inunda os mercados globais com produtos baratos, principalmente nas novas indústrias verdes.

Essa narrativa se confirmou em ações como as investigações feitas pelos Estados Unidos e a União Europeia contra os veículos elétricos chineses, a partir da alegação de subsídios estatais e, assim, sufocar o fornecimento chinês à indústria ambientalmente adequada.

Em encontro com o chanceler alemão Olaf Scholz, o primeiro-ministro chinês Li Qiang destacou que a quantidade de produção é determinada pela relação entre oferta e procura – a partir de uma análise do ponto de vista do mercado.

Diante disso, Li destacou que ter uma produção pouco acima da procura “conduz à plena concorrência no mercado e promove a sobrevivência dos mais aptos”.

Em termos globais, cada país se concentra no desenvolvimento de indústrias onde apresentam uma vantagem comparativa, ao mesmo tempo em que depende de outros países nos segmentos onde não possuem capacidade semelhante.

Segundo Qi, os países podem colaborar para o desenvolvimento partilhado “ao reconhecer e alavancar os seus respectivos pontos fortes”.

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Tatiane Correia

Repórter do GGN desde 2019. Graduada em Comunicação Social - Habilitação em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Com passagens pela revista Executivos Financeiros e Agência Dinheiro Vivo.

1 Comentário

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  1. A China não tem capacidade de produção excessiva, o ocidecadente é que perdeu a capacidade de competir. Por trás da desculpa que a China inunda o mercado com produtos baratos. O temor do ocidecadente, é relatio ao desenvolvimento técnico científico que a China está galgando com uma velocidade que os seus dirigentes não conseguem compeender.

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