As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), desde o início dos bombardeios na Faixa de Gaza, no 7 de outubro, têm usado explosivos não guiados, chamadas de “bombas mudas”, conhecidas por serem menos precisas e causarem mais danos à população civil.
Conforme a CNN News, uma avaliação recente compilada pelo Escritório do Diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos (EUA), entre 40% e 45% das 29 mil munições ar-solo que Israel usou não eram guiadas, enquanto o resto foi guiado com precisão.
O major Keren Hajioff, porta-voz israelense, disse nesta quarta-feira (13) que seu Exército está dedicando “vastos recursos para minimizar os danos aos civis forçados pelo Hamas a desempenhar o papel de escudos humanos”.
Especialistas consultados pela CNN salientaram que os dados revelados pela Inteligência dos EUA minam esta afirmação.
Anistia Internacional se pronuncia
Brian Castner, conselheiro sênior de crise da Anistia Internacional para armas e operações militares, se disse chocado com a informação trazida ao público pela CNN.
“Já é bastante ruim usar armas quando elas estão apontadas com precisão para seus alvos. É um problema de enormes danos civis se elas não tiverem essa precisão, e se você não puder sequer dar o benefício da dúvida de que a arma está realmente atingindo onde as forças israelenses pretendiam”, disse ele.
De acordo com a CNN, não está claro que tipo de munições não guiadas as FDI têm utilizado, embora os especialistas tenham notado que o Exército israelense tem utilizado bombas M117, que parecem não guiadas.
“A Força Aérea Israelense postou fotos de caças armados com o que pareciam ser bombas M117 em suas redes sociais em outubro”, disse Castner.
EUA forneceram projéteis não guiados
Os EUA também forneceram projéteis não guiados ao país hebreu, incluindo 5 mil bombas Mk82, conforme informações recolhidas pela Anistia Internacional.
Nesta quinta-feira (14) o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, inicia uma viagem de dois dias a Israel, onde se reunirá com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
Sullivan discutirá com as autoridades hebraicas “esforços para que sejam mais cirúrgicos” e mais precisos para reduzir os danos aos civis, de acordo com John Kirby, Coordenador de Comunicação Estratégica do Conselho de Segurança Nacional dos EUA.
Com informações da CNN News e RT
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