Brasil criou o modelo de dominação no futebol, por Motta Araujo

Lourdes Nassif
Redatora-chefe no GGN
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O BRASIL CRIOU O MODELO – O modelo de dominação das entidades de futebol é criação brasileira. O SISTEMA é criação nossa, essa primazia ninguém nos tira, a FIFA é dominada por um sistema que o Brasil inventou.

1.A Confederação Brasileira de Futebol , assim como todas as demais Confederações esportivas do Brasil podem ser FACILMENTE dominadas por grupos de operação mafiosa através da  MANIPULAÇÃO DO VOTO que elege os dirigentes, é incrivel como o mesmo mecanismo inventado no Brasil é repetido mundo afora.

2.O Brasil tem 29 Federações estaduais votantes que elegem o Presidente da CBF, 5 Estados são os principais territórios do futebol brasileiro, em número de clubes, jogadores e arrecadação. Então são esses cinco que controlam a CBF? NÃO, o grupo dominante não é representante dos grandes clubes, represanta a si mesmo e seus interesses.

O grupo mafioso COMPRA os votos dos outros 24 Estados, que são pobres e facilmente controláveis por apoios, benesses, presentes, etc. e com isso não sai mais do Poder, que se torna irremovível.

3.O mesmíssimo MODELO foi levado por João Havelange à FIFA. São 202 paises, os importantes no futebol são 15, os QUINZE dominam a FIFA. NÃO E NÃO. O grupo dominante compra os votos dos outros 187 paises pobres e controláveis e a partir daí não sai mais do poder É um know-how verde amarelo exportado e usado em Zurique.

4.E de onde saiu esse MODELO? Saiu das Federações Estaduais que usam exatamente o mesmo SISTEMA. Quem domina as Federaçõs estaduais de futebol é o mesmo grupo que vem de 50 ou 60 anos, com os VOTOS das DIVISÕES INFERIORES. A Federação paulista é controlada com os votos dos clubes inferiores, COMPRADOS pelo grupo dominante no começo com chuteiras e uniformes, depois com mimos mais valiosos.

Foi esse MODELO que é o mesmo na Federação Piauiense de Futebol e na FIFA que se parceirizou com a MIDIA e com os politicos. É o mesmo MODELO tambem nas chamadas Confederações Regionais, muito piores até que a CBF, como a sul americana e a do Caribe, cada qual com seu “”dono”” como Nicolas Leoz e Jack Warner e seus grupos que lá estão há decadas. Na Federação do Rio é o mesmo grupo Caixa D´Agua, na Federação Paulista é o mesmo grupo que vem de longe, trocam as pessoas físicas mas não os grupos.

Contra esse modelo os grandes clubes europeus criaram a UEFA e acredito que os ingleses, criadores da FIFA com um padrão de governança muito melhor até a presidência de Sir Stanley Rous, derrubado pelo Modelo Havelange que afiliou os países africanos descolonizados e dando uniformes e chuteiras tomou o poder na FIFA.

Acredito que o MODELO estará em cheque após a Copa de 2014, contestado fortemenete na Europa, o hoje Grupo Blatter agarra-se desesperadamente à America do Sul, onde tem seus Vice-Reis no Brasil e na  Argentina, Grondona é ainda pior do que qualquer brasileiro da CBF. Infelizmente não houve a minima renovação na CBF e suas capitanias estaduais, está tudo dominado pelo Modelo do Voto Anão, o Xiririca Futebol Clube tem um voto igual ao São Paulo Futebol Clube, é esse o mapa da mina. Parece que uma reação mundial está a caminho e afetará o Brasil.

 

Lourdes Nassif

Redatora-chefe no GGN

13 Comentários

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  1. Quando pensa brasileiro

    Quando vc pensa brasileiro vc é ótimo, caro AA. Excelente análise. Concordo com tudo. O mal nasceu com o Havelange que teve o aprendizados na federação carioca. Os cariocas que me perdoem , mas o mal do futebol brasileiro nasceu do Rio, quando era a capital da república.

  2. 2038

    o modelito se repete com pequenas variações em outras instância da vida.

    no seio dos partidos e no governo dos paises, por ex.

    ÇERRA45 (vice fegacê) leu com atenção o seu tratado (com o qual eu concordo) de como se perpetuar no poder.

    e está tendo umas idéias diabólicas para 2038.

     

  3. Há muitos anos,

    ainda adolescente, eu assisti pelo rádio um programa ao vivo sobre as “eleições” na FMF – Federação Mineira de Futebol.

    A sede era num prédio no centro de BH, chamado Alcazar, aliás “Algazarra”!

    Havia um complô para eleger um determinado candidato à presidência, e um participante deste complô era … o ascensorista deste prédio, que conduzia os eleitores da oposição para o andar errado.

    Mais tarde, ao final dessas “eleições” anunciaram que esse ascensorista chegou a ser preso 5 (isso: cinco) vezes por causa de suas tramóias durante a eleição.

    Não me lembro mais do resultado dessa “eleição”.

     

  4. A lista de culpados.

    Motta Arraujo

    Agora que perdeu está tudo errado!

    Fomos penta campeões com esse modelo que vc diz falido.

    Vamos procurar os culpados:

    1 – Lei Pelé que enfraqueceu os clubes e enriqueceu os “empresários”.

    2 – Rede Globo com a monopolização do futebol em acordo com a CBF.

    3 – Padronização do calendário de futebol brasileiro com o europeu prejudicando a preparação dos clubes só para atender a grade de programação da Globo.

    4 – CBF, que fez todas as vontades de uma comissão técnica obsoleta e não cobrou resultados da mesma.

    5 – Soberba, muita soberba de achar que era só vestir a camisa amarela e resolvia tudo.

    6 – Acreditar que só com craques é que se ganha.

    7 – Usar o mesmo esquema da ditadura e misturar futebol com política, sem críticas e auto-criticas. No oba oba de Ame –  ou Deixe – o.

    8 – Acreditar que as outras seleções tem medo do Brasil, principalmente dentro de casa.

    9 -Tiveram 4 anos para preparar a seleção e sequer mostrou em campo um padrão de jogo além, é claro, do “passa a bola para o Neymar”.

    10 – Relegar jogadores experientes e acreditar em só com jogadores novos se resolvia a parada dos jogos.

    11 –  A mídia a transformar pobres jogadores garotos em artistas de novela, partidários do jeitinho brasileiro de se dar bem na vida sem estudar e ralar.

    12 – Muito merchandizing e pouco futebol como esporte coletivo.

    Principal culpado: Felipão.

    Culpados secundários: Parreira e Murtosa.

    Culpado no atacado: CBF ao deixar Felipão fazer o que quis e bem entendeu.

    Culpado no varejo: Torcida brasileira que se auto – enganou desde o 1ª partida.

    1. Não é só agora que está tudo

      Não é só agora que está tudo errado, há muito tempo está, ja cansei de escrever aqui sobre essa mesma linha.

      No mais concordo plenamente com o que vc escreveu, falo apenas como observador, nunca me liguei a futebol.

  5. Do site do PHA

    Publicado em 09/07/2014

    Chega de Lei Pelé e de neolibelismo

    http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/07/09/chega-de-lei-pele-e-de-neolibelismo/

    A derrota sofrida pela Seleção Brasileira para a Alemanha não significa somente uma tragédia nacional.

    Vai além.

    Representa um choque de realidade que escancara a distância entre o futebol brasileiro e o alemão.

    Lá, como lembraram os jornalistas Guilherme Pavarin e Alexandre Versignassi, a eliminação na primeira fase da Eurocopa em 2000 surtiu efeito.

    “Estávamos pensando exatamente como vocês brasileiros pensam hoje: que não precisávamos aprender nada. E fomos jogando cada vez pior, pior e pior”, disse o ídolo alemão  Paul Breitner, em entrevista a ESPN Brasil.

    Dois anos depois, o país chegava à final da Copa do Mundo com o mesmo Brasil eliminado ontem.

    E hoje tem a seleção mais uma vez na final de um Mundial, o Bayern e o  Borussia Dortmund foram os finalistas da Champions League e revela jovens talentos como poucos.

    A CBF deles não é um órgão privado, o que colaborou para que os investimentos necessários fossem feitos pelo governo local. A média de público do campeonato alemão, a Bundesliga,  é de  45 mil pessoas por jogo, a melhor do mundo. No Brasil, é 15 mil, menor do que a segunda divisão deles.

    Por aqui, ocorreu o inverso: o Campeonato Brasileiro é cada vez menos atraente, garotos vão para o exterior como nunca e os clubes ficam relegados às federações e à emissora dona dos direitos de transmissão, que, para Alex, é quem manda.

    A Lei Pelé, norma que substituiu a Lei Zico, assinada durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com Pelé de Ministro dos Esportes, contribuiu com isso.

    O neoliberalismo saiu dos ideais e planos econômicos da gestão tucana e foi para o futebol.

    A lei tinha o objetivo de dar  transparência e profissionalismo ao esporte nacional, disciplinar a prestação de contas por dirigentes de clubes e a criação de ligas, profissionalizar as gestões e conceder aos jogadores o direito do seu passe.

    Exceção ao Passe Livre, nada mudou.

    Na teoria, a lei visava dar liberdade aos jogadores, que antes eram presos aos clubes. Na prática, foi a realização do sonhos dos empresários de futebol. Uma carreira que ganhou força a partir dali, e hoje é a categoria que mais se beneficia do esporte.

    A ação dos empresários de futebol é abrangente. Podem mediar transferências internacionais e milionárias, assim como descobrem talentos ainda na infância. Garimpam talento e visam o lucro próprio. As categorias de base se tornaram, então, uma caixa preta nos grandes clubes.

    As famosas “peneiras” ganharam um novo ingrediente. Bons talentos acabam reprovados nos testes para, na sequência, serem abordados por agentes. Eles oferecem estrutura e uma perspectiva de sucesso para os garotos. Tratam até com os pais dos atletas. Depois, o jogador volta ao mesmo clube, mas com uma diferença: já é agenciado pelo empresário.

    Ou seja, o jogador poderia ser uma descoberta do clube, mas passa a ser terceirizado pelo empresário. Em uma futura venda, o lucro é dividido. Os clubes servem quase que como barriga de aluguel. Expõem e valorizam o atleta. E aí, com os atletas em mãos, é mais fácil levá-los para a Europa, onde está o grande faturamento.

    Temos alguns exemplos na própria Seleção: você sabe de onde vem o Hulk, amigo navegante? E o David Luiz? O Fernandinho? Daria para falar sobre cada um deles. Tirando Neymar, Júlio César, Hernanes e mais um ou outro, a grande maioria desse elenco fez carreira desde cedo na Europa.

    Inclusive alguns dos que saíram do Brasil como ídolos de grandes times, como Paulinho e Thiago Silva, vinham de experiências frustradas – e precoces – no Velho Continente. Poucos sabem, mas Paulinho passou por Polônia e Lituânia antes de brilhar no Corinthians. O capitão Thiago Silva teve sérios problemas de saúde na Rússia, para depois ser ídolo do Fluminense.

    Por que sair tão cedo? Porque, além do lugar comum de sonhar com o futebol europeu, alguém lucra com isso. Interessa a alguém que o jogador vá para o exterior sem um intermediário.

    Com a Lei Pelé, não foi o jogador que ganhou. Foram os empresários. E quem perdeu, além dos clubes, foi o futebol brasileiro.

    Como se sabe, o legado de FHC é abrangente. Tem como um de seus exponenciais a ida de Gilmar Mendes ao STF. Podemos adicionar mais essa contribuição do Príncipe da Privataria ao país: a derrocada do esporte mais popular do mundo.

    Em tempo: Foi após a Lei Pelé que empresas estrangeiras como a ISL, Hicks Muse e MSI passaram a patrocinar agremiações como Flamengo, Corinthians e deixaram os clubes em situação financeira pior do que quando chegaram

  6. .

    Concordo com AA, mas não podemos deixar de observar que a democratização da FIFA, agregando federações de outros países, principalmente do terceiro mundo, fez frente à elitização posta pelos europeus desde os primórdios do futebol.

    Considero que a expansão da FIFA pelo mundo foi correta. O fato de introduzir meios corruptos e utilizá-los para beneficío próprio de grupos atuando nos limites e além do crime não pode levar à conclusão errada de que a democratização seja nociva ao esporte.

     

    1. Não houve DEMOCRATIZAÇÃO

      Não houve DEMOCRATIZAÇÃO alguma da FIFA, muito pelo contrario, o poder foi assumido por uma grupo diatatorial da pior qualidade, nada contra a FIFA admitir novos paises membros MAS o que se discute aqui é a MANIPULAÇÃO do sistema eleioral atribuindo UM VOTO igual para Gana e Alemanha, isso não tem cabimento, o voto tem que ser proporcional a importancia do futebol no Pais, é através desse voto igualitario que as mafias dominam o negocio, o voto que os sustenta na Sede custa muito barato e distorce toda a governança.

      1. .

        Houve democratização, sim. Se os países beneficiados com esta democratização são usados ou aparelhados para favorecer a corrupção no futebol o problema não está no efeito, mas na causa.

  7. Futuro da CBF está nas mãos do Presidente da FCF..

    Até parece uma comédia grega.

    Nassif, vamos contribuir para o debate que se trava, que se inicia após o vexame da seleção. É como dizem,  lavação de roupa suja, das cuecas cagadas do pessoal da CBF.

    Vão correr mudanças na CBF daqui pra frente. Pelo que sabemos o vice presidente eleito, Delfim de Pádua Peixoto, catarinense, compadre e voto de cabresto do Ricardo Teixeira, deverá assumir o cargo. Fora do futebol ninguém conhece a figura, mas os catarinenses o conhecem muito bem desde os anos 80 quando vem presidindo a FCF, agora com re-eleição até 2019.  

    Vamos elencar algumas preciosidades da figura. A relação é tão contundente que não precisa cronologia;

    1) Em 2011 proibiu a exibição de cartazes contra o Ricardo Teixeira nas arquibancadas nos estadios de SC;

    2) Em fevereiro de 2014 teve a BMW ZR presa, pela PM de Baneário Camboriú, por licenciamento atrasado;

    3) Fuma só charuto coiba;

    4) O filho, Delfim  de Pádua Peixoto Filho, mais conhecido como Delfinzinho, é assessor direto e tem histórias com os jornalistas que denunciam as maracutais do futebol catarinense;

    4.1) foto do filhote:

    4.2) em 19/07/13 agrediu, cuspindo, o jornalista Zélio Prado da Rádio Difusora de Iatajaí. O motivo da agressão foram pelas ctríticas do jornalista sobre o pai;

    4.3) em 2010, o também radialista Rodrigo Santos, da Rádio Cidade AM de Brusque, foi brutalmente agredido por Delfinzinho na Arena Joinville, enquanto ainda tramsmitia a festa do título do Brusque na Copa Santa Catarina. Vejam como ficou o rosto do jornalista:

     

    5) Ai a turma, os torcedores,  ja cansados de apanhar meteram porrada no presidente da FCF. Foi assim que ele ficou depois de um soco no estádio do Marcilio Dias em Itajaí, após o jogo. E dizer que essa figura ai deverá ser o próximo presidente da CBF.

  8. Um discurso pra cada ocasião , essa essa direita

    Esqueceu que é um belga “de porte” e olho azul, E o Marim colaborador da sua amada ditadura militar ?

    Re: A saída de Ricardo Teixeira da Fifa

    ter, 20/03/2012 – 15:09 — Andre Araujo

    É muita pretensão. Ricardo Teixeira representou o Brasil na FIFA por causa do sogro João Havelange,

    que é uma figura unica no mundo dos cartolas porque representa para estrangeiros  um  belga no Brasil, europeu de porte,  cara e fala. Para representar o Brasil no exterior precisa ser no minimo fluente em inglês e francês, ter postura, maneirismos e transito internacional, não adianta mandar tipos acaipirados ou suburbanos, vão lá fazer figuração e ninguem vai dar a minima importancia a eles, como davam a Ricardo teixeira, que jamais brilhou em Zurich e teve a pretensão de ser presidente da FIFA.

    As coisas fora do Brasil são um pouco mais complicadas do que parecem ser vistas do Parque Antartica do da Fazendinha.

     

    FILHO FEIO NINGUÉM QUER ASSUMIR EHEHE

    E explica agora como a corrupção brasileira foi parar no COI do Juan Antônio e sua máfia ? eu tô curioso

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