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Enviado por Jorge Lima
Um delegado de polícia de respeito
por David Queiroz, em seu perfil no Facebook
Não fiz concurso para Batman!
Não costumo comentar sobre as ocorrência policias que participo, mas acredito que a de hoje mereça discussão.
Um cidadão foi apresentado na delegacia de polícia acusado de ter sido flagrado tentado deixar um mercado com 14 peças de picanha. Iniciado o interrogatório do conduzido cientifiquei-o do direito de permanecer calado e da acusação que pesava em seu desfavor. O conduzido, então, usuário de drogas, confessou a tentativa de furto, contudo aduziu que havia tentado furta 04 peças de carne e não 14, como afirmado pelo gerente do estabelecimento comercial. Dirigi-me ao gerente do local e indaguei-lhe sobre a alegação do preso. Surpreendentemente ele respondeu que havia implantado as outras 10 peças de carne junto ao preso porque sabia que somente com as 04 peças realmente subtraídas ele seria solto ainda na delegacia de polícia, tendo em vista a aplicação do princípio da insignificância! Respirei fundo e confesso que por um instante pensei em simplesmente ignorar a confissão que estava fazendo. Acredito que ele também imaginou que eu apoiaria sua atitude, motivo pelo qual confessou. Todavia, a vontade de “fazer a coisa certa” falou mais alto. Assim, constrangido, e após até mesmo pedir desculpas ao gerente, dei-lhe voz de prisão em flagrante pelo crime de fraude processual (art. 347 do CP).
Tudo estaria perfeito se a história parasse por aqui. Contudo, minha atitude, respeitosa à lei, gerou indignação de muitos e severas críticas, como, por exemplo: É um absurdo soltar o “vagabundo” e prender “vitima”? Que falta de bom senso desse delegado, poderia ter dado um “jeitinho”, bastava ignorar a afirmação do preso; Se ele quer proteger o preso, vira defensor; É por isso que país não vai para frente, somente os “vagabundos” tem direitos.
Confesso que em nada me agrada ouvir essas afirmações. Enfatizo que não senti nenhum prazer em dar voz de prisão aquele homem. Mas gostaria de deixar bem claro uma coisa: eu não fiz concurso para Batman! Não é função do delegado de polícia ser “justiceiro” e tentar solucionar o problema da criminalidade com as próprias mãos. Orgulho-me de dizer que delegado de polícia é o primeiro garantidor dos direitos individuais e isso não pode ser mera retórica. O delegado de polícia deve buscar a imparcialidade e deixar de lado o maniqueísmo contaminante que cega qualquer raciocínio jurídico sensato.
Seria muito fácil me omitir diante da afirmação daquele “infeliz” que foi conduzido pelo furto de picanhas. Seria muito fácil simplesmente manda-lo para o presídio, afinal, “é só mais um viciado”. Mas eu não conseguiria dormir tranquilo diante de tamanha injustiça.
Resta-me agora tentar convencer os “especialistas em segurança pública” que minha atitude não é um fomentador de criminalidade, mas a demonstração de a delegacia de polícia é um lugar onde a lei é cumprida.
Resta-me, também, a difícil tarefa de me sentir menos constrangido diante da voz de prisão das consequentes críticas.
Vou me socorrer em Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.”
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Exceção, infelizmente.
A
Exceção, infelizmente.
A regra é culpar, condenar ( sem prova) viciados pobres, os 3ps.
Infelizmente não serve de parâmetro.
Execeção à regra só isso, infelizmente !
Sugiro rever seus
Sugiro rever seus conceitos.
No passado os Delegados eram muitas vezes indicados ao cargo por apadrinhamento (ás vezes sequer eram formados em Direito).
Hoje é um concurso jurídico como qualquer outro, tão disputado como como os demais. No caso da PF então, é um dos mais concorridos do Brasil, mais até do que para juiz em muitos Estados.
O sujeito que estuda nas melhores faculdades e rala para passar em um concurso público não é um ignorante, um truculento, um torturador. Essa visão é ultrapassada, e até preconceituosa.
O Delegado Civil e Federal, hoje, é a autoridade estatal que primeiro toma contato, no calor dos fatos, com a situação concreta, devendo decidir pela prisão ou até mesmo pela soltura do conduzido, ou ainda pelas medidas de proteção à vítima, nos casos de Lei Maria da Penha.
É nesse caso da “Lava Jato” e
É nesse caso da “Lava Jato” e naquele outro dos meganhas que insultavam a Presidente Dilma e o Ex-Presidente Lula durante a campanha eleitoral já deu prá perceber quão cultos, probos, etc., etc., são os novos delegas…
Desculpe, mas ter estudado
Desculpe, mas ter estudado “nas melhores faculdades” e passar em um “concurso disputado” não garante nada. O sujeito pode bem ser um semelhante ao dono do mercado ou dos que o criiticaram.
O texto é claro: uma parte significativa da “boa sociedade” não sabe e nem quer saber de Lei e Justiça: querem é justiçamento e aniquilação de seus alvos preferenciais. E pela quantidade tão reduzida de relatos como esse é de se suspeitar, sim, que a civilidade é um valor ainda longe de ser generalizado, mesmo entre operadores do Direito e da Segurança Pública.
Delegado exemplar
Delegado de polícia exemplar. Será que tem mais desses por aí? Se a justiça não começar bem na DP ela não termina bem em lugar algum
soltar o “vagabundo” e
soltar o “vagabundo” e prender “vitima”
O certo, naturalmente, é prender os dois criminosos, o ladrão e o patife que mente a respeito do furto.
Só por que o segundo criminoso é de classe média, não deixa por isso de ser criminoso.
Parabéns ao Delegado
Quanto valem 4 picanhas? R$ 160,00 ?
Só a RBS, flagrada na ” Operação Zelotes” , ” economizou ” R$ 135 milhões , de uma multa de R$ 150 milhões, pagando R$ 15 milhões ( quantas picanhas!!!) de suborno.
parabéns ao delegado
Ficar velho tem suas vantagens;A gente lembra do ‘Velho Oeste brasileiro: Em Belo horizonte durante o massacre midiatico aos brasileiros que nao respeitavam o congelamento: O gerente do frigorifico Teixeira(rede de lojas) quese foi linchado por vender 1 quilo de sardinha fora da tabela.A imprensa em cima e o caboclo ficou preso mais de uma semana. havia donas de casa neuroticas chamadas fiscais do Sarney que ocupavam o horario nobra de TV. Nao tem muito tempo não ,ali pelos idos de 1986.Creio que a civilizaçao ta aproximando desse salvelindo,apesar da idade midia.
Algum morto de fome que rouba
Algum morto de fome que rouba comida eh “menos importante” que alguem que falsifica um crime contra indefesos?
Lembro da mamae contando as historias de rossa dos anos 40 ou coisa parecida. O homem foi preso por ter roubado mandiocas (ou milhos) e o delegado perguntou o que tinha acontecido e ele respondeu: eh porque minha familia toda tava morrendo de fome e o cara tem um quilometro de mandiocas plantados la. O delegado berrou “PODE ROUBAR SIM, PASSA LA E ROUBA UMA TODO DIA”. (meu avo era delegado mas essa historia nao foi dele, e mamae conheceu o tal delegado da historia)
Esse delegado ai foi transplantado no tempo!!!!!!!!!!!!!!!!
Decencia nao tem substituto.
Muitas pessoas (muitos
Muitas pessoas (muitos jovens) fazem uso desse argumento. A frase mais comum é: “ninguém pensa no direito das vítimas, apenas defendem os bandidos”. Retruco sempre que o direito da vítima foi desrespeitado por um bandido, um fora da lei e que o Estado não pode agir à margem da lei, pois se ignorar hj os direitos legais de um marginal, não vai tardar pra desrespeitar o direito de todos indistintamente. Às vezes o meu discurso funciona. Mas só às vezes, infelizmente.
Pois é, enquanto muitos
Pois é, enquanto muitos seriam facilmente capazes de linchar o ladrão de 4 peças de picanha, esses mesmos “cidadãos de bem” certamente lamberiam as botas, se obsequiados por tamanha benevolência o fossem, de um Gerdau, Steinbruch, Dantas, Diniz ou Marinho.
Este é o nosso país, onde os oprimidos, tornados ladrões na maioria das vezes por necessidade ou circunstância, são odiados, massacrados, enjaulados, enquanto que os opressores, os honoráveis bandidos, os verdadeiros inimigos do país – de nação ainda estamos muito longe de ser – são a imagem do sucesso, da meritocracia e da honestidade.
Parabéns ao Delegado David Queiroz, que para seguir a lei foi preciso ter coragem. A que ponto nós chegamos!
Realmente! Só se consegue
Realmente! Só se consegue mudar o mundo para melhor com muita coragem! Esse é o exato espírito da Páscoa Cristã que hoje atingiu seu ápice! O sacrifício do Senhor foi para mudar o mundo para melhor!
Parabéns Sr. Delegado
Parabéns Sr. Delegado atitudes corretas, com objetivo de cumprir as leis, desta forma a polícia começa dando o exemplo de como deve se portar nosso judiciário. Chega de justiceiros, precisamos sim de JUSTIÇA.
A imbecilização galopante
A imbecilização da sociedade está galopante.
Quero que a lei (a minha) seja cumprida de qualquer modo nem que eu tenha que violar a lei a que a todos se aplica, eu incluído.
O que o sujeito não se apercebe é que este comportamento pode se voltar contra ele na próxima esquina, só que ele não se dá conta disto.
A crítica da presunção
É mesmo uma situação-limite. É a atitude antagônica à da presunção de culpa. Se virar moda, muito juiz justiceiro vai para a cadeia. Mas é o que faz a diferença entre civilização e barbárie.
Ao gerente só restou pedir a DEUS
Acho que esse foi o problema : ter lido demais esses chavões do Rui Barbosa !
Afinal , essa vestal da República ganhou uma mansão de presente do maior banqueiro da época após lhe ter concedido tantos favores enquanto foi ministro da fazenda. É algo assim como hoje , FHC criticando os roubos do governo Dilma.
Convenhamos ! Se prender o noia lhe pesava como uma injustica , prender o gerente do supermercado – um homem que provavelmente todos os dias tem que aturar furtos desses dependentes quimicos , nada pode fazer , e não enxerga na lei e nas instituicões algo capaz de trazer uma solucão e alguma paz para exercer seu trabalho diário – bem , acho que prender o gerente do supermercado não foi muito justo também . Amanhã lá estaria o noia de novo , azucrinando .
Alguém já perguntou a ele (o gerente) quantas vezes já teve que chamar a polícia por causa do assédio diário desses noias e de menores infratores ao estabelecimento no qual trabalha ? O noia tem o princípio da insignificância a seu favor , o menor é ininputável , sobrou para o comerciante pagar a conta do relaxo social do país , e ao gerente se resignar diariamente para aguentar os furtos , e rezar a Deus .
O gerente cometeu um crime
O gerente cometeu um crime.
Que responda por isso diante da lei. Dos homens e de Deus, aproveitando que você O citou.
Curiosa a nova direita brasileira. Quer os seus direitos mas não gosta muito de cumprir com os seus deveres.
Um exemplo a ser seguido
Um outro comentarista do blog, Gilson AS, escreveu que a atitude do delegado é uma exceção a regra. Concordo. Mas se “uma andorinha não faz verão”, tampouco existirá um verão sem a primeira andorinha. Que o David Queiroz seja a “primeira andorinha” desse tão necessário verão de respeito às leis.
Pois é.
O mesmo hipócrita que
Pois é.
O mesmo hipócrita que critica o delegado e que chama os petistas de ladrões, também é aquele que suborna o agente de trânsito, faz maracutaia pra não pagar IR, rouba sinal de TV a cabo e outros crimes de mesma monta.
Hipocrisia pouca é bobagem…
no caso do IR
diante do mau uso do dinheiro público é um dever cívico evitar pagá-lo…
A atitude do Delegado da
A atitude do Delegado da Civil está em perfeita consonância com o perfil atual da maioria absoluta dos ocupantes de tal cargo.
Foi o tempo que a figura do Delegado de Polícia, Civil e Federal, era uma figura truculenta e ignorante, muitas vezes nomeada pelo poderoso local.
Hoje em dia, dos cerca de 1700 Delegados da PF da ativa, mais de 1000 ingressaram já no século XXI, oriundos das melhores faculdades de Direito.
Nas Polícias Civis não é muito diferente. Hoje o Delegado Civil e Federal é tido como o primeiro garantidor dos direitos do cidadão, pois é ele quem vai cotejar, no calor dos acontecimentos, a situação de fato ao enquadramento legal pertinente.
Tudo isso com imparcialidade, buscando elucidar A VERDADE DOS FATOS, e não a CONDENAÇÃO.
É exatamente por esse motivo que o Ministério Público tanto briga para assumir a titularidade das investigações, justamente para utilizar o poder estatal a serviço apenas da condenação.
Prova do que estou dizendo reside no fato de a OAB ser a maior entusiasta dos projetos de lei que fortalecem a figura do Delegado, pois esta autoridade estatal atua como verdadeira garantidora dos direitos do cidadão.
Sugiro aos comentaristas do blog atualizarem seus conceitos, conversarem com advogados criminalistas, que atuam cotidianamente na área, e perguntar a eles a impressão que tem atualmente de tais profissionais da segurança pública. Vocês irão se surpreender.
para a justiça, o delegado
para a justiça, o delegado não deve ter vergonha, nem de prender um viciado que sabe-se, será solto mais tarde. tão pouco prender o gerente canastrão. Para a justiça, a verdadeira, o gerente é menos inocente que o viciado, isso se este também assim não for. Pois o vício é um mal estabelecido no indivíduo ficicamente e quimicamente. Isso não é apenas um conceito jurídico, mas médico-psiquiátrico.
Agora, uma pessoa que quer incriminar o outro, a fim que se pague com pena maior do que a cometida, é mesmo um ser indecente. Ele não deve ter dor de consciência, aquela que não deixa o inivíduo dormir por algo cometido, e julgado por nossa moral-ética formadora de nosso carácter.
Crime insignificante
A atitude do delegado, a meu ver, foi digna. Foi o único da história que fez a coisa certa. O ladrão, evidentemente, errou ao roubar as peças de carne, o gerente, por sua vez, errou por imputar mais peças de carne ao roubo para que o meliante ficasse preso – parecido como aumentar a pena do réu para o crime não prescrever. A atitude do gerente foi deplorável. Não é dessa maneira que se resolve os problemas de uma sociedade.
AULAS DE ÉTICA
Sr Delegado, o sr não poderia dar umas aulinhas de ética ao juiz sérgio moro?
Todo pretenso batman é tão irreal quanto o dos quadrinhos.
E a delação premiada que praticamente tá livrando a cara de alguns gatunos de alta patente ? teve total apoio dos supostos justiceiros indignados. E quando Protógenes virou a caça, os cavaleiros negros aplaudiram e esbravejavam contra sua “tenebrosa máquina de espionagem”, também ocorre o mesmo com os chamados dossiês que surgem contra políticos de direita.
O moralismo exacerbado não passa de perversão moral da pior espécie, uma fantasia que vestem para impressionar. Vale lembrar que maior símbolo do mal no ocidente depois de sua excelência Satan nasceu da figura de um ultra moralista. Uma das histórias contadas sobre Vlad III, “conde drácula” para os íntimos, era a de o “justiçamento” de um ladrão que roubou uma boa quantia em moedas, o soberano então teria punido o ladrão com seu castigo predileto, uma estaca varando de norte à sul o corpo do infeliz, depois devolveu o tesouro à vítima com uma moeda à mais, quando o cidadão foi devolver o excesso ao príncipe foi informado de que teria tido o mesmo destino do executado se não devolvesse, então os batmans de plantão não têm do que reclamar, afinal os dois morcegões são figuras bem parecidas. Outra história diz que o coiso deixava uma isca bem chamativa à vista de todos os ladrões mas ninguém se atrevia a chegar perto, será que os justiceiros de hoje achariam uma maravilha viver sob o julgo do homem que virou o maior discípulo da capeta nas páginas do Bram Stoke ?
Três dias depois o “viciado”
Três dias depois o “viciado” matou uma pessoa.
o reacionarismo é um vício das democracias
Então vc está dizendo q é preciso prender -ou fuzilar- os golpistas antes q dêem o golpe?!?!?
Inteligência!
o gerente do supermercado errou
deveria era ter fechado o supermercado por não aguentar tanto furto que nunca seria punido e deixar o preço da carne aumentar por menor oferta…
O rigor da Lei deve ser
O rigor da Lei deve ser aplicado contra todos. Nesta história a única vítima é o Delegado.
Não queremos Batmans!
Meu apoio, delegado David Queiroz. No dias de hoje… quem dera que voltariamos a dizer isto – nos dias de hoje não esta facil ser um Homem Honesto, Justo sem ser Justiceiro. A maioria, essa mesma que se diz cristã, prefere o apedrejamento.