Liz Truss assumiu o comando do Partido Conservador e, como consequência, se tornou a primeira-ministra do Reino Unido, nesta segunda-feira (5). Ela substitui o correligionário Boris Johnson, que foi afastado do cargo em julho, após o escândalo que ficou conhecido como Partygate.
Elizabeth ‘Liz’ Truss é a terceira mulher a assumir o poder na Grã-Bretanha, após Margaret Thatcher (1975-1999) e Theresa May (2016-2019).
Truss venceu a disputa interna entre os conservadores contra Rishi Sunak por 57,4 % (81 mil) a 42,6% (60 mil) dos votos válidos. Como a sigla é a que mais possui cadeiras dentro parlamento britânico, o comandante do Partido Conservador é também o primeiro-ministro do país.
“Amigos e colegas, obrigado por depositar sua fé em mim para liderar nosso grande Partido Conservador, o maior partido político da Terra. É uma honra ser líder desse partido.”
discursou ela na posse
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Enquanto Sunak, ex-ministro das finanças de Johnson, tem histórico de sucesso no mercado financeiro, Truss é engajada com a política desde os tempos universitários. Fã declarada de Thatcher, a nova chefe de Estado é conhecida por trocar de opinião com frequência. Para aliados, isso é visto como capacidade de ouvir e mudar de ideia. Já na visão de opositores, ela coloca interesses a frente de princípios.
Durante a realização do referendo do Brexit, em 2016, Truss era contrária à ideia de deixar a União Europeia. Atualmente, ela se opõe ao bloco.
Quando estudante de Política, Filosofia e Economia na Universidade de Oxford, Truss defendia o fim da monarquia britânica. A então chefe estudantil dos liberais-democratas chegou a falar em “não acreditar que há pessoas que nascem para mandar”.
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Hoje, Truss pensa que a família real é “essencial” e diz que era uma “controversalista profissional” na época de faculdade. Nesta terça-feira (6), justamente a Rainha Elizabeth vai nomear Liz ao cargo de primeira-ministra.
Será a primeira vez em 96 anos que a cerimônica vai ocorrer fora do Palácio de Buckingham, em Londres. O ato acontecerá na casa de veraneio da Coroa na Escócia, o Castelo de Balmoral. A mudança se deu pelo estado de saúde da monarca, que não precisará se deslocar até a capital inglesa.
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